Os aeronautas (comandantes, copilotos e comissários de voo) decidiram fazer paralisações diárias de todas as decolagens entre 5 horas e 6 horas (de Mato Grosso) diárias, a partir da próxima quinta-feira (22), em todos os aeroportos do país, incluindo o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). A medida será para protestar contra a proposta salarial oferecida pelas empresas aéreas.
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“Inicialmente, a paralisação é de uma hora para trazer menos impacto para o público. A categoria está preocupada, além de garantir seus direitos, em manter o atendimento à sociedade”, disse, em nota, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Adriano Castanho.
Segundo o sindicato, a paralisação irá acontecer a partir da próxima quinta-feira (22), em todos os voos entre 05 horas e 06 horas (de Mato Grosso), em todos os aeroportos do país. Em Cuiabá, existem três voos nesta janela estabelecida para a paralisação. São eles: um da Azul (Rio de Janeiro), um da GOL (Brasília) e um da TAM (Brasília).
A paralisação será mantida por tempo indeterminado até que haja uma nova proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea). Os aeronautas reivindicam, entre outras coisas, escalas de trabalho que gerenciem o risco de fadiga dos tripulantes, limitação dos períodos de trabalho nas madrugadas e jornadas menos extensas. A categoria decidiu ainda reduzir de 9% para 8,5% a reivindicação de reajuste salarial (a demanda inicial era por 11%).
A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) informou através de nota que as negociações sobre o reajuste salarial de aeronautas e aeroviários com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) permanecem em curso. Na última segunda-feira (12/01), as companhias aéreas ofereceram reajuste salarial de 6,5%, diante da inflação de 6,33% apurada pelo INPC. Foi proposto, ainda, um aumento de 7% no vale alimentação e um reajuste de 11% na apólice do seguro de vida.
Também foi dito que cerca de 70% das cláusulas propostas pelos colaboradores do transporte aéreo foram aceitas integralmente ou parcialmente. Na primeira quinzena de dezembro, as companhias já haviam se antecipado ao término das negociações e concederam o reajuste de 6,33% nas contas de seus colaboradores.
