Considerado "fiel escudeiro" por anos, o ex-deputado Eliene José Lima, vice-presidente regional do PSD e amigo de longa data do ex-deputado José Geraldo Riva (PSD), preso desde o úlitmo sábado (22), no Centro de Ressocialização do Carumbé. "Sou leigo no mundo jurídico. Então vejo isso [a prisão] como uma lamentável incógnita, que deixa consternados aqueles que convivem com o Riva", disse ele, durante visita a amigos, no Edifício Dante Martins de Oliveira, sede da Assembleia Legislativa.
Leia Mais:
Ministra do STJ não analisa HC e chances de Riva deixar prisão começam a se esgotar
Eliene deixa claro que não concorda, porém, com a razão principal da prisão: o temor de uma suposta fuga do ex-presidente do Poder Legislativo, diante da investigação do Ministério Público. "Quem pensa isso não conhece o Riva. Se quisesse, ele não estava mais por aqui", definiu o ex-parlamentar do PSD.
"Rezo e torço para que saia tudo bem, na vida dele. Riva é extremamente humano e bondoso de coração", observou.
Embora considere-se "totalmente leigo" do ponto de vista jurídico, Eliene Lima cita que dos mais de 100 processos contra José Riva, pelo menos 70% representam o desdobramento de uma mesma ação judicial.
Professor do Instiuto Federal de Educação (IFMT), Eliene foi eleito veredor por Cuiabá (1992), três vezes para a Assembleia Legislativa (1994, 98 e 2002) e duas vezes à Câmara Federal (2006-10). Em 2014, tentou se reeleger deputado federal, mas não obteve sucesso - a chapa do PSD não atingiu quociente eleitoral mínimo (186 mil votos) para abrir a legenda.
Operação Imperador
A ação que resultou na prisão de José Riva foi batizada como 'Operação Imperador' foi desencadeada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e apura fraudes no valor de R$ 62 milhões na Assembleia Legislativa, que foi presidida por Riva por seis vezes.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), atestados de recebimento ideologicamente falsos de mercadorias, produtos e serviços foram emitidos para beneficiar o esquema que teria operado no período de 2005 a 2009. Os materiais jamais foram entregues, segundo o MP.