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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Dívida em dólar

Eder rebate críticas de secretário à renegociação da dívida e diz que governo Taques é imediatista

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Eder rebate críticas de secretário à renegociação da dívida e diz que governo Taques é imediatista
O ex-homem forte dos governos Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB), Eder Moraes, rebateu as críticas do secretário de Fazenda, Paulo Ricardo Brustolin, a respeito da renegociação da dívida do estado feita em 2012.


Como a operação foi negociada com o Bank of America, a dívida agora está atrelada ao dólar. Preocupado com a alta da moeda, que elevou a dívida de R$ 972 milhões para mais de R$ 2 bilhões em dois anos e meio, Brustolin afirmou que a gestão passada pecou em não incluir uma cláusula de hedge ou swap cambial, que estabeleceria um teto para o valor do dólar no contrato. À época, o dólar valia R$ 2, enquanto hoje ultrapassa R$ 3,20.

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Eder Moraes, porém, afirma que a decisão tomada pelo governo à época teve respaldo da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). “Eu fui o autor da renegociação da dívida, juntamente com o Vivaldo Lopes. É óbvio que a equipe econômica à época considerou incluir a cláusula de hedge ou swap cambial, que nada mais é que um seguro sobre a variação do dólar. Porém, a própria STN não recomendou fazer isso, porque elevaria a taxa de juros de 5% para 6,5% ao ano, ao longo dos 20 anos do contrato. Isso representaria um aumento de US$ 100 milhões na dívida”, afirmou.

Atualmente, a dívida está em cerca de US$ 630 milhões, segundo a Sefaz, o que corresponde a mais de R$ 2 bilhões no câmbio atual. À época da assinatura do contrato, o empréstimo contraído com o banco americano era de US$ 485 milhões, ou R$ 972 milhões. Antes da renegociação, a dívida de Mato Grosso com a União tinha como indexador o IGP-DI mais juros de 6% ao ano. Com a transferência do débito para o banco americano, os juros caíram para 5% ao ano, porém, em dólar.

“É bom lembrar que o governo passado renegociou apenas uma parte da dívida, porque não é bom ficar com toda a dívida em uma única cesta de moedas, com um único indexador. Cláusulas de hedge são feitas em contratos de curto e médio prazo; a longo prazo deixa de ser interessante. Ninguém sabe a volatilidade do mercado. Se o dólar voltar a ser equiparado ao real, quero ver a cara de tacho do governo atual. O governador Pedro Taques (PDT) está sendo imediatista. Essa postura deles vende insegurança para o mercado, e afugenta investimentos de qualidade para o estado”, criticou Eder.

O ex-secretário, que já foi titular da Sefaz, afirmou, ainda, que por ser um estado exportador, grande parte da economia de Mato Grosso é em dólar. Além disso, ele informou que a dívida do estado é soberana perante o mercado internacional, o que significa que, se Mato Grosso ficar inadimplente, a União é obrigada a pagar.

Eder criticou também o que ele considera falta de ação do atual governo. “Esse governo precisa sair do muro das lamentações e começar a governar. Eu não culpo o governador Pedro Taques, mas os primeiros meses de governo sob secretários neófitos têm tido resultados pífios. Não há um quilômetro de asfalto construído, nem melhorias na educação e saúde. Observamos todos os dias esse governo tratar as coisas dentro de um estado policialesco. Não sou contra investigações, mas isso não pode ser desculpa para a inércia e a paralisia que tomam conta de Mato Grosso”, disparou. 
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