O nível de água dos reservatórios do Sistema Cantareira caiu nesta quinta-feira (30), segundo boletim divulgado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). As represas agora operam com 19,9% da capacidade, 0,1 ponto percentual menos do que tinham ontem.

Trata-se da segunda queda nos últimos dias, após quase três meses em que o sistema não perdia água. A última queda havia sido no dia 1º de fevereiro.

Um dos motivos para a piora de desempenho é a chuva registrada em abril, de apenas 45,3 mm - apenas 50,4% do esperado e a mais baixa para o mês desde 2006, quando o sistema recebeu 30,2 mm.

A precipitação também foi bem menor do que a registrada em fevereiro e março (322,4 mm e 206,5 mm), quantidades acima das médias históricas no Cantareira.

O Cantareira abastece 5,4 milhões de consumidores na capital e região metropolitana e vive situação crítica, já que apenas a segunda cota do volume morto foi recuperada.

Entre os demais manancias que abastecem a região metropolitana, o Guarapiranga também teve queda de nível nesta quinta. Rio Grande, Alto Tietê e Alto Cotia mantiveram seus níveis, enquanto que o sistema Rio Claro subiu.

Indíces
O índice de 19,9% divulgado pela Sabesb considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.

Após ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, no entanto, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.

O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Nesta quinta, o índice é 15,5%

O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil. Nesta quinta, o índice é de -9,3%.