A presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Eliana Siqueira, reafirmou na manhã de hoje, 30 de junho, a continuidade do movimento grevista, iniciado no último dia 16 de junho, e desmereceu qualquer tentativa de vinculação política ao movimento. “Nossos apontamentos são legítimos”. Já o secretário de Comunicação de Cuiabá, Kleber Lima, reafirma ver motivos eleitoreiros e falta de honestidade dela. De acordo com Lima, a sindicalista é filiada ao PT e articula a greve com fins eleitoreiros.
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Siqueira negou ser filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) e afirmou que são argumentos empregados com a intenção clara de desviar a população quanto aos reais motivos do protesto.
Ela aponta a falta de medicamentos para hipertensão e diabetes nas unidades, além de denunciar a precariedade na estrutura física das unidades e falta de transparência em informações por parte do Executivo Municipal. “Nos entregaram um lotacionograma com 740 nomes de profissionais, mas temos casos de pessoas que já deixaram Mato Grosso”. Questionada, ele citou que pelo menos dez casos. “Hoje, só para o preenchimento das escalas nas cinco policlínicas, necessitaríamos de 60 profissionais”.
Já o secretário de Comunicação de Cuiabá, Kleber Lima, rebateu a informação. Ele reconhece problemas pontuais quanto à dispensação de medicamentos em Cuiabá, mas reafirmou que vê motivos políticos para o protesto. “Penso que exista um problema de dupla personalidade com essa senhora, ela não assume que é filiada, não assumia que era a preceptora do Mais Médicos, escondia essa informação. É filiada ao PT e nega também. Fato que pode ser constatado facilmente perante à Justiça Eleitoral”. Para ele, não é possível dissociar a conotação política. Em 2012, o então candidato a cadeira no Palácio Alencastro, Lúdio Cabral (PT), perdeu a eleição para Mauro Mendes.
Quanto a incongruências elencadas pelo Sindicato, no quadro de servidores, Lima rebate: “nós temos uma rotatividade de servidores, mesmo que concursados e por isso há exclusões e inclusões, que ocorrem o tempo todo”.
Uma das reivindicações do Sindicato é quanto ao pagamento do piso nacional, que chega ao valor de R$ 11, 6 mil. A Prefeitura de Cuiabá informou que não há orçamento para atendimento à solicitação da categoria. Na tarde de hoje, 43 profissionais aprovados em concurso público serão empossados pela Prefeitura de Cuiabá.
No último dia 19 de junho, a desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas deferiu liminar pleiteada pelo Município de Cuiabá determinando que os médicos da rede municipal mantenham 100% de atendimento nas unidades de urgência e de emergência e 70% nas unidades básicas de saúde durante a greve da categoria, que começou no dia 16. A multa, em caso de descumprimento, é de R$ 50 mil por dia.
