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Domingo, 19 de maio de 2024

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Secel promove troca de experiência com SP Escola de Teatro

Uma escola de artes voltada para a formação de profissionais das artes cênicas, que fomente as ações artísticas e que contribua para transformar a sociedade. Estes são alguns dos objetivos da Escola Livre de Artes, um dos projetos do Governo de Mato Grosso via Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). Na última semana, diretor executivo da SP Escola de Teatro, Ivam Cabral, esteve em Cuiabá para conhecer o cenário artístico da capital mato-grossense e compartilhar com a Secel informações e expertise que serão fundamentais para a criação de uma instituição voltada à formação artística no estado. 


Cabral se reuniu com o secretário Leandro Carvalho, conversou com atores e produtores culturais e conheceu espaços dedicados às artes cênicas em Cuiabá. “Fiquei surpreso em encontrar em Cuiabá um grupo singular, que pensa de maneira comum, que quer as mesmas coisas quando se fala em artes cênicas”, observou Ivam. “Não tenho dúvida que essa formação continuada, proposta pela Escola Livre de Artes, fará uma grande revolução no panorama de entretenimento de Mato Grosso”, acrescentou. 

A SP Escola de Teatro é a maior escola de teatro da América Latina. Inspirada no modelo de escola livre da Inglaterra do século XIX, a instituição é gerida pela Associação dos Artistas Amigos da Praça e pensa a formação a partir da prática, de forma modular e não cumulativa. O projeto é exportado para instituições brasileiras de Curitiba (PR), Blumenau (SC) e Belo Horizonte (MG), bem como para outros países como Cabo Verde e Suécia. 

Lançada em 2009 em São Paulo, a Escola teve origem em um movimento teatral de apropriação do espaço público proposto por coletivos de artistas vinculados à Praça Roosevelt, onde ela está instalada hoje. A região foi significativamente alterada pela presença de grupos de teatro que transformaram o local em um polo de cultura. A instituição oferece formação técnica em atuação, cenografia e figurino, direção, dramaturgia, humor, iluminação, sonoplastia e técnicas de palco, além de cursos de extensão cultural. 

“Os cursos envolvem não só o teatro que é visto nos palcos, mas também os bastidores. São áreas que não contavam com formação no país, mas que havia uma demanda por profissionais capacitados”, revela Cabral. “A Escola é parte de uma política pública, é o olhar do gestor para a formação de profissionais cuja área de atuação vai além dos teatros, se estende também aos hotéis, resorts e outros segmentos”, explicou. 

Para o ator Justino Astrevo a vinda do diretor executivo da SP Escola de Teatro a Cuiabá foi muito importante. “No momento em que discutimos aqui a criação da Escola Livre de Artes, conhecer propostas inovadoras que deram certo é muito valioso para nós. Queremos uma instituição preocupada com as questões regionais, mas que tenha como exemplo um centro de formação com um histórico de funcionamento”, observou. 

Na avaliação de Astrevo, a Escola Livre de Artes deverá atender, a contento, a formação dos profissionais que atuam nas artes cênicas. “Muitos são formados na prática, fazendo teatro nos grupos. Uma escola voltada para esse conhecimento formal a atores, diretores e técnicos vai fomentar o mercado”, concluiu. 

O ator e coordenador de cultura do Sesc Mato Grosso, Jan Moura, afirma que a criação de uma Escola Livre de Artes é uma iniciativa muito bem vinda por parte dos gestores públicos. “Temos uma demanda muito grande, mas não temos espaço de formação na cidade”, disse. “A participação do Ivam Cabral foi bastante positiva para conhecermos um pouco mais sobre a experiência bem sucedida de uma escola que funciona de forma autônoma e criativa”. 

Essa aproximação com uma instituição de fora do estado, segundo o ator e diretor teatral Sandro Lucose, é valiosa para que se consolide o projeto de criação da Escola Livre de Artes em Mato Grosso. “É, sem dúvida, uma iniciativa louvável da Secel e deste governo em buscar organizações sociais experientes para participar deste diálogo”, frisou. “Para mim, o mais interessante é que não fica dúvida sobre a urgência na criação de um curso de formação na área das artes cênicas, não apenas de atores, diretores e técnicos, mas sobretudo professores de teatro”, finalizou. 
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