O jornal italiano Corriere Del Veneto informa na data de hoje, 10 de julho, que o Tribunal de Recurso de Veneza retirou a ordem de extradição emitido pelo Poder Judiciário do Brasil contra o casal Romano d'Ezzelino, Paolo Ceccato e Elida Isabel Feliz. No Brasil, eles respondem pelo sequestro da filha biológica Ida Verônica, que hoje tem dez anos.
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Segundo a publicação italiana, mais de 40 dias após a detenção do casal na Europa as autoridades sul-americanas não apresentaram pedido de extradição, nem os documentos relacionados necessários ao processo. O pedido foi protocolado pela defesa do casal, Paul Salandin que ainda estuda solicitar uma indenização pela situação vivenciada. O casal foi preso em 22 de maio pela Organização Internacional de Polícia Criminal. Eles foram liberados cerca de 15 dias depois.
Na época, um juiz italiano ainda determinou que o casal deveria se apresentar a delegacia duas vezes por semana, enquanto estão em liberdade. Além disto, um dos jornais afirmou que Ida Verônica viajar em breve para a Itália, onde encontrará os pais. O advogado dos dois relatou que Pablo e Elida choraram enquanto estavam na cela.
A menina Ida Verônica foi sequestrada de dentro de sua própria casa no dia 26 de abril de 2013 no bairro do Porto em Cuiabá. Dois homens chegaram e pediram água para a dona da casa onde a criança morava e na volta com o copo na mão os homens apresentaram um revólver e pediram para entrar porque queriam apenas a menina.
Os pais biológicos de Ida Verônica foram presos no Brasil por tráfico de drogas no ano de 2006. A mãe, Élida, foi presa em um apartamento em Florianópolis, Santa Catarina, com cerca de três mil comprimidos de ecstasy. Na sequência, foi condenada a cumprir total de dez anos de prisão e fugiu da prisão em 2013. O pai da menina, Pablo, foi preso por tráfico internacional de drogas no ano de 2009.
Ainda bebê, a menina foi deixada aos cuidados de uma família moradora do bairro Dom Aquino, em Cuiabá, até que foi sequestrada por criminosos e levada para Europa. A criança está com os pais.