O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso (OAB-MT), Francisco Faiad, rebateu algumas críticas sobre a permanência de seu grupo há 12 anos no comando da Ordem no Estado, em entrevista exclusiva na sede do Olhar Direto na manhã desta quarta-feira, 29. “Não entramos e tomamos a OAB. Não estamos lá à força”, afirma o presidente.

Faiad ressalta não haver nenhum tipo de radicalismo na gestão de seu grupo, apesar de algumas críticas sobre pouca participação externa. “Não temos propostas fechadas, não somos trancados. O grupo tem capacidade de ouvir e interagir”, rebate. Como exemplo, ele cita a adesão de advogados como os atuais conselheiros federais da OAB Chico Sgaib e Almino Afonso, que já chegaram a estar do lado oposto em eleições anteriores.

O presidente também pondera que existe renovação, sim, nas gestões do grupo. “Renovar não significa trocar todo mundo. Significa trocar idéias”, afirma. Ele diz que a renovação de idéias tem partido, em grande parte, da interação com jovens advogados de Mato Grosso, os quais constituem uma grande parcela da classe no Estado.

Além disso, Faiad afirma que a mudança de pessoas também é feita a cada nova chapa, e exemplifica com a última eleição, na qual, segundo ele, dois terços das pessoas foram renovados. “Assim nós vamos fazendo um constante rejuvenescimento da Ordem”, diz.

Sobre as eleições deste ano, a serem realizadas no dia 19 de outubro, Faiad acredita que seu candidato, Cláudio Stábile, é o único a reunir as principais qualificações necessárias. “Ele é o candidato que conhece a ordem com profundidade. Tem capacidade para dialogar com todas as áreas da advocacia e do judiciário”, pontua.

A profundidade à qual Faiad refere-se vem do fato de Stábile estar junto ao atual grupo desde o início da década de 1990, quando tiveram início as primeiras conversas dos integrantes. O processo culminou, em 1997, com a vitória de Rubens de Oliveira Santos Filho nas eleições da OAB-MT, que logo depois precisou renunciar, dando lugar a Ussiel Taraves. “Cláudio vem de toda essa movimentação, já tendo sido eleito conselheiro em 97”, diz Faiad.