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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Secretário estuda modelo do Mané Garrincha e aluguel da Arena Pantanal pode vir da renda de jogo; assentos serão numerados

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Secretário estuda modelo do Mané Garrincha e aluguel da Arena Pantanal pode vir da renda de jogo; assentos serão numerados
A Arena Pantanal deverá seguir o mesmo modelo de gestão do Estádio Mané Garrincha, que fica em Brasília (DF). O secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, esteve na capital federal para estudar como é feita a gestão do local, que também é administrado pelo Governo do Estado. A Intenção é que o dinheiro do aluguel do espaço venha de uma porcentagem da renda, no caso do futebol. Ficou definido ainda que os assentos serão numerados.


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“Em Brasília, o estádio Mané Garrincha é gerido pelo Estado. É muito parecido com o que fazemos aqui. A diferença é que lá, eles já encontraram um local redondo, sem problemas, está fácil de tocar. Existe um decreto dizendo que em jogos de futebol dentro da Arena varia de 8% a 10% da renda total. Podemos conseguir tirar quase R$ 200 mil de lucro por jogo nacional com este sistema. Isso ajudaria muito, já que gastamos cerca de R$ 600 mil por mês para cuidar da Arena Pantanal”, explica o secretário ao Olhar Direto.
 
Chiletto falou também sobre a possibilidade da Arena Pantanal receber shows na parte interna: “Também estamos vendo as questões de shows. Tem uma espuma que coloca por cima da grama, quase um tatame, que é para proteger o gramado e isso é caro. Existe um novo que está sendo produzido na Alemanha, ele é transparente e deixa o raio de sol entrar, então posso ter ele ali por um tempo maior. Porém, ainda temos de conciliar os shows com o futebol, já que eles acontecem muitas vezes no final de semana”.
 
O estádio mato-grossense já recebeu um show gospel na sua parte interior, porém, nenhum evento de grandes proporções. Na parte externa do Complexo, também foi realizado uma apresentação, porém, o Ministério Público impediu a realização de novos shows por conta do barulho excessivo na região.
 
O titular da Secid (Secretaria de Estado de Cidades) também comentou sobre o problema com a contabilização de pessoas que vão a Arena: “O nosso sistema da Arena Pantanal de catracas não está funcionando. O que se faz lá hoje é uma contagem com um aparelho manual de leitura, que de vez em quando da problema. Isso faz com que não tenhamos um controle certo de quantas pessoas vão ao estádio. A gente tenta fazer esse controle na fiscalização, mas é muita gente, o que dificulta”.
 
“A empresa contratada para cuidar do gramado em Brasília recebe cerca de R$ 90 mil por mês por este serviço. A nossa não deve custar o mesmo preço, já que é um tipo de grama diferente, deve ficar em torno de R$ 50 mil para a manutenção. O Estado precisa tomar conta da Arena Pantanal. Agora, estamos com pessoal lá, acompanhando tudo o que acontece, uma gestão direta”, pontuou Chiletto.
 
Confira outros pontos da entrevista do secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, ao Olhar Direto:
 
Contrato com a CLE
 
“Nós íamos rescindir o contrato com o Consórcio CLE (Tecnologia, Informação, e Comunicação), mas eles correram e conseguiram apresentar as garantias. Porém, ainda não vamos retomar diretamente com eles. Chamamos o Cepromat (Centro de Processamento de Dados do Governo do Estado de Mato Grosso) e eles estão analisando toda a parte de TI (Tecnologia da Informação), tudo o que foi feito. Depois disso, a empresa irá entrar no estádio e colocar as coisas para funcionar. Na Copa do Mundo tudo funcionou, por que não está funcionando agora?”.
 
Nada a pagar

“Hoje, a CLE não tem nada a receber do Governo do Estado. Nós fizemos uma retificação no contrato deles, porque foi uma determinação da CGE (Controladoria Geral do Estado). Quando o fiscal foi olhar pra fazer a ratificação, ficou constatado que o serviço não estava funcionando, então fizemos uma retificação. Nós zeramos o contrato, eles não tem nada a receber. Agora, vamos acompanhar e se tudo estiver correto, liberamos o recurso e a coisa anda. Isso deve ser retomado logo”.
 
Assentos numerados
 
“Nós não temos um mapa de onde o torcedor vai sentar, não existe. Na época da Copa do Mundo tinha, mas acabou sumindo, procuramos e não encontramos. Agora, com todos os serviços prontos, a bilhetagem já vai sair com o lugar em que os torcedores poderão sentar. Com isso, a qualidade aumenta muito. Os consertos não terão custo algum para os cofres públicos, não terá aditivo, pagaremos só o que estava previsto no contrato”.
 
Mendes Júnior
 
“Com a Mendes Junior, o contrato terminou em 2014. Então, não podemos retomá-lo sem mais nem menos. Eles estão pedindo cerca de R$ 90 milhões de pagamento, pelo que levantamos está em torno de R$ 20 milhões. Dissemos que pagaríamos este montante, se a obra fosse retomada e eles aceitaram. Porém, trouxe o Ministério Público junto, para não termos problema algum. Fizemos isto e o TCE (Tribunal de Contas do Estado) saiu no mesmo dia mandando suspender qualquer pagamento, pois havia uma dívida”.
 
Certificação Leed
 
“Estamos mostrando que não há problemas, tivemos um entendimento e vamos continuar a obra, se não teremos prejuízo. Temos uma certificação ambiental (Leed), que tem um prazo de validade. Se perdermos este prazo, teremos juros a pagar ao agente, o que seria um prejuízo imenso. Mas para ter esta certificação, precisamos estar com a obra 100% concluída. Se não, pagamos o dobro, o que não pode acontecer”.
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