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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Modelo de MT acusa fotógrafo de estupro durante ensaio fotográfico

Foto: Reprodução/Facebook

Modelo de MT acusa fotógrafo de estupro durante ensaio fotográfico
A modelo Graziely Lemes, de Rondonópolis, acusa um fotógrafo de tê-la estuprado durante um ensaio fotográfico no município. De acordo com a jovem, o caso aconteceu há pouco mais de dois meses, quando ela estava fazendo um catálogo de lingerie. Na ocasião, os dois ficaram sozinhos no local que estava sendo usado para as fotos e ao fim da sessão o acusado teria partido para cima dela. Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado contra o rapaz.


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De acordo com os relatos da jovem, a sessão de fotografias aconteceu na casa de uma colega em comum dela e do profissional citado. Porém, quando chegou para começar o trabalho, os dois tiveram de ficar sozinhos, pois os donos da propriedade saíram: “Tudo corria relativamente bem, não fosse o meu desconforto por estar sozinha com um cara que se desculpava por pedir que eu me posicionasse dessa ou daquela maneira, enfim.. ao final das fotos para o catálogo, o fotógrafo pediu para fazer algumas outras fotos, hesitei um instante, mas concordei em seguida devido sua insistência e ao fato de já ter pousado para o mesmo diversas vezes antes”.
 
Um tempo depois disto, o rapaz teria dito que não podia mais fotografá-la: “Imediatamente me levantei do banco onde estava e fui me vestir, ele veio atrás de mim pedindo para que eu o beijasse, que imaginava como era minha postura na cama e como me achava atraente (machismo e racismo ).. Ok, me senti absolutamente desconfortável, já que não havia o menor clima, o menor indício de que poderia rolar algo entre nós, afinal, eu estava ali a trabalho”, disse a jovem.


 
Enquanto ela tentava se vestir, o rapaz continuava a insistir: “Eu já estava bastante assustada e, mesmo por isso, não olhava para ele, ainda bem, porque já se masturbando, sim, se masturbando, ele me disse: ‘Nossa, você nem olha pra mim, você não quer mesmo né?’". Ele continua, alegando que queria realizar as suas fantasias e que isto não teria acontecido se ela não estivesse ali fazendo o trabalho dela.
 
“Ora, então a culpa era minha por ter aceitado o trabalho? Por ter me despido na frente de uma pessoa que até então julgava como bom profissional? (...) Ele suava e fedia num estado de total descontrole, ainda com a cabeça baixa pedi pra que ele saísse da minha frente algumas vezes, o que era absolutamente ignorado, quando ele fez menção de se aproximar, ergui os olhos e lhe disse que não significa não, pedi que ele saísse da minha frente imediatamente e, felizmente, ele saiu. Ao passar pela porta da sala, ele tentou me segurar pela cintura dizendo: ’você já vai mesmo?‘ sem responder consegui sair da casa”, lembrou a modelo.
 
Dias depois o rapaz enviou mensagens para Graziely, dizendo que as fotos ficaram lindas e pedindo desculpas por “qualquer coisa”. O fotógrafo ainda teria confessado a um amigo em comum dos dois que tinha cometido o crime. “Felizmente, esse amigo é um homem sóbrio que situou o estuprador que, em seguida, me mandou uma carta onde confessa o crime e pede desculpas. Munida da carta e acompanhada por uma professora do meu curso, representei o Boletim de Ocorrência (BO)”.
 
Na delegacia, a jovem disse, mais uma vez, ter sofrido com machismo: “O escrivão me perguntou diversas vezes se não havia envolvimento sexual prévio com o agressor (como se isso fosse relevante), se o meu marido me DEIXAVA fazer fotos sensuais numa boa e concluiu que na verdade, ele não ia me estuprar não, que na verdade o cara só havia se aproveitado da situação e como eu não quis acabou dando naquilo, mas que aquilo era coisa de homem mesmo”.
 
A modelo termina o relato dizendo que decidiu dar a cara a tapa e lutar contra este tipo de abuso: “O meu corpo, nu ou não, não é público, não é um convite, tão pouco pode ser violado. Sei que juridicamente, como o estuprador é réu primário, tem residência fixa, ensino superior, trabalha e é cristão, nada vai acontecer. Porém, cada mulher estuprada precisa saber que não está sozinha. Que há outra mulher ao seu lado. Que ela não é culpada e que eu estarei na luta ao lado de cada uma. Nosso corpo é livre e nós precisamos ser respeitadas. E digo mais, meninas, pesquisem sobre seu fotógrafo, você pode não só estar patrocinando um criminoso como também se tornar mais uma vítima. Eles não passarão”.

A delegada Lígia Silveira, da Defesa da Mulher de Rondonópolis, instaurou procedimento por crime de tentativa de estupro. Após prestar esclarecimentos, a jovem foi conduzida para exame de Corpo Delito. O fotógrafo também será ouvido em procedimento policial. 
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