O delegado da 1ª Delegacia de Várzea Grande, Eduardo Rizzotto, ouvirá nos próximos dias o médico da Santa Casa de Misericórdia que cuidou da gerente Jucilene de França, de 31 anos, que morreu após extrair um dente na Clínica do Povo (COP) e também o responsável técnico do centro. Um dos dentistas que tratou da vítima afirmou que uma drenagem deveria ter sido feita na paciente, para evitar que houve as complicações.

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A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou ao Olhar Direto que os dentistas foram ouvidos ontem (10) e disseram que toda assistência foi prestada à gerente. Ainda acrescentaram que quando ela voltou se queixando de dores foi medicada e depois sugeriram que ela fosse encaminhada ao Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande.
 
Porém, a gerente não teria aceitado, pois tinha plano de saúde da Unimed. Quando foi até o Pronto Atendimento da unidade, ela descobriu que estava em carência. Ainda foi dito que o COP pagaria os custos da internação e ela foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá.
 
Por fim, os profissionais da clinica acrescentaram que a questão da extração é um risco que se corre e que não é raro. Além disto, várias pessoas passaram pelo mesmo procedimento, mas nada havia acontecido. Um dos dentistas revelou ter pedido ao médico responsável que fizesse uma drenagem na paciente, mas ele preferiu trata-la com medicamentos. Logo depois, a gerente veio a óbito.
 
O delegado deverá finalizar o inquérito até o fim da próxima semana, após ouvir o médico responsável por cuidar da gerente e também o responsável técnico da Clinica do Povo (COP).

O caso

A gerente de loja Jucilene de França, de 31 anos, morreu no final da noite de quarta-feira, 8 de julho, após apresentar um quadro de infecção generalizada (choque séptico) em decorrência da  extração de um dente (siso).  O procedimento foi realizado  na Clínica do Povo (COP) instalada na avenida Couto Magalhães, em  Várzea Grande. A mulher deixou dois filhos, uma criança de seis anos e um adolescente de 17 anos.