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Sábado, 27 de abril de 2024

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Após ataques, Policia Civil cria novo setor para investigar crimes de intolerância religiosa

Foto: Assessoria

Após ataques, Policia Civil cria novo setor para investigar crimes de intolerância religiosa
A Secretaria de Segurança Pública (Sesp), por meio da Diretoria Geral da Polícia  Civil, criou um novo setor que cuidará dos crimes de intolerância religiosa em Mato Grosso. O delegado Luciano Inácio da Silva será o responsável por investigar estes tipos de crimes. O novo setor será incorporado a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). A assinatura da portaria foi feita nesta quinta-feira (13) durante coletiva à imprensa, em Cuiabá.


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De acordo com a assessoria de imprensa da Policia Civil, no fim de julho, um Centro Espírita foi incendiado por vândalos no município de Rondonópolis. Em Cuiabá, no dia 1º de agosto, uma casa que realiza cerimônia de umbanda teve parte de sua estrutura queimada.
 
A prática de ataques à crença do outro é considerada crime, conforme a Constituição Federal, que declara que a liberdade de crença é inviolável, sendo livre o exercício dos cultos religiosos. Durante a coletiva, o secretário Mauro Zaque disse que: “Com o direcionamento da investigação desse tipo de crime, avançamos na proteção ao cidadão”.
 
“Somos um país e um povo livre. A Segurança Pública não vai tolerar qualquer tipo de perseguição de gênero ou religião”, enfatizou o secretário. Ele ainda acrescentou que agora “todas as questões de intolerância religiosa não serão mais pulverizadas nas delegacias e, sim, direcionada ao delegado Luciano Inácio, que é uma pessoa reconhecida pelo trabalho desenvolvido na Polícia Civil nos casos mais complexos em Mato Grosso, como sequestros e novo cangaço”.
 
O presidente da Federação Nacional de Umbanda e Cultos Afro Brasileiro, Aécio Paniagua Montezuma, acredita que os crimes motivados por intolerância religiosa acontecem hoje em locais pontuais no Estado. “A designação do delegado, que é muito competente, veio em boa hora. Pois acreditamos que assim, daqui por diante, teremos uma redução das ações dessas pessoas que querem nos tirar do convívio político, social e religioso”.
 
Delegado
 
O delegado Luciano Inácio da Silva atuou por 13 anos como chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. Durante esse tempo de chefia, elucidou os principais casos de sequestros ocorridos entre os anos de 1996 a 2004 no Estado. Em 2009 ajudou a elucidar o sequestro do dono da loja de material de construção Todimo. O empresário Antônio Pascoal Bortolo permaneceu 17 dias acorrentado em cativeiro. Ele foi localizado após pagamento de resgate na região do Capão Grande, em Várzea Grande.
 
Luciano Inácio da Silva foi o primeiro delegado a investigar as quadrilhas de novo cangaço em Mato Grosso.
 
Luciano atuou também na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos em Cuiabá. Foi Diretor Metropolitano da Polícia Civil e atualmente está no setor de desaparecidos da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), onde atenderá os casos motivados por intolerância religiosa.
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