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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Consultório na Rua

Programa oferta saúde, busca resgatar moradores de rua e tenta romper preconceito da sociedade

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Programa oferta saúde, busca resgatar moradores de rua e tenta romper preconceito da sociedade
O sol escaldante, a baixa umidade relativa do ar,  a indiferença e o desrespeito ao cidadão, fazem parte da rotina enfrentada diariamente pela equipe do programa Consultório na Rua, que busca a redução de danos a mais de 400 pessoas.

 
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O projeto – mantido em parceria entre Prefeitura de Cuiabá por meio da Secretaria Municipal de Saúde e Governo Federal – mantém uma equipe oito profissionais – entre eles assistente social e enfermeira – percorrendo pontos de ‘concentração’ de moradores nas vias públicas.
 
A ação tem como meta, mais do que a oferta de saúde para o público, maciçamente dependente de álcool ou drogas. “Buscamos o resgate das pessoas. Não posso me julgar melhor do que ninguém”, conta a assistente social Vera Lúcia, coordenadora do projeto. Segundo ela, a falta de compreensão e de valorização pelo público de maneira geral, fica evidente em algumas situações.
 
Não são raras às vezes em que a equipe enfrenta agressões verbais para poder manter a rotina de trabalho. “Alguns acham bonito o projeto, mas contato, que ele seja  feito bem longe”. Ela explica que já foi abordada por empresários que relataram o incômodo pelo serviço prestado pela Prefeitura.  “Eles não querem que o atendimento seja feita na calçada deles”, exemplifica.
 
A ‘justificativa’ é de que a oferta de saúde e de alimentação faz com que os moradores permaneçam naquele ponto e terminem por afastar o público do comércio. “Todos têm direito. Isso é fato. E o pior é que situações como essa são registradas na frente deles, de que precisa de ajuda. E são pessoas, tem sentimentos”.
 
A região da ‘Rodoviária’ (bairro Alvorada), um terreno no Jardim Leblon, além da tradicional praça Luiz Albuquerque (Porto) são visitadas diariamente pela equipe.
  
A assistente social avalia que as pessoas, de modo geral, querem uma resposta imediata,  o que não é possível.  “Tempo e dedicação são necessários. Queremos o resgate dessas pessoas”.
 
Consultório na Rua
 
Desde eue entrou em funcionamento, em novembro do ano passado, a equipe  - que conta com uma Van - para atendimento - cadastrou cerca de 350 pessoas.  A maior parte trata-se de homens, na faixa etária de 40 anos.   Já às mulheres, na faixa etária de 25 a 30 anos. Em comum, possuem o fato de que boa parte pertence a outras regiões do país. Mato Grosso é destino em razão do potencial de trabalho. 
 
Uma assistente social, uma enfermeira, técnica bucal, psicóloga, além de redutores de danos (responsáveis pela abordagem inicial aos moradores) às pessoas em situação de rua integram a equipe que atua de segunda a sexta-feira frente a um cenário dramático, que envolve o consumo desenfreado de drogas, a transmissão de HIV, hepatite e tuberculose.
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