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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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Liga da Justiça

Pedro Taques afirma que não existe ‘grupo de extermínio’ e cita que servidor não pode se igualar a criminoso

Foto: GCOM

Pedro Taques afirma que não existe ‘grupo de extermínio’ e cita que servidor não pode se igualar a criminoso
O governador José Pedro Taques (sem partido) ao ser questionado sobre a possível existência de um grupo de extermínio denominado “Liga da Justiça”, atuando em Mato Grosso ratificou a necessidade de respeito  a dignidade humana.  


“Senhores... Não falo com adivinhações... Quero dizer ao cidadão que o nosso governo entende que direitos fundamentais têm que ser respeitados. Dignidade da pessoa humana tem que ser respeitada!”,  disse em entrevista coletiva, no Salão Garcia Neto do Palácio Paiaguás.

Uma série de crimes registrados entre os meses de julho e agosto embasam os questionamentos sobre as ações de um suposto grupo de 'justiceiros'. As vítimas, quase sempre, possue antecedentes criminais e são mortas em bairros periféricos. 
 
Sobre a possibilidade de policiais fazerem parte de grupos de extermínio, diante do modus operandi de vários assassinatos na Grande Cuiabá e outros municípios, Pedro Taques foi ainda mais contundente. “O servidor do Estado, seja ele governador, policial ou merendeira, não pode se igualar a criminosos. Não pode violar a lei. não toleramos isso!”, emendou o governador.

“Temos que entender também o Estado tem o dever fundamental de proteger o cidadão. E esse dever será cumprido de acordo com a Constituição”, justificou Pedro Taques.

Mesmo sem admitir publicamente, na semana passada, Pedro Taques determinou à Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) que colocasse a Secretaria Adjunta de Inteligência para investigar o caso. Na entrevista, o governador tratou de dar o assunto por encerrado.
 
A reportagem do Olhar Direto apurou que existem registros de assassinatos de homens que estavam com tornozeleiras eletrônicas. Em alguns casos, foram  encontradas cápsulas de armas calibre 12 e de pistola 380mm.
 
A Polícia Civil investiga ações também em Sinop, maior cidade do Norte de Mato Grosso. Após a morte do tenente coronel Vagner Martins, assassinado  com quatro tiros em 9 de agosto  durante um assalto a sua residência, sete pessoas foram baleadas.  Homens encapuzados atacaram cinco pessoas em um bar. Minutos depois, outros dois foram feridos em um bairro de periferia da cidade. 

Em Várzea Grande, um grupo batizado de  “'Liga da Justiça”, estaria agindo sempre em bando de quatro homens dentro de um carro prata, portanto pistolas e escopeta calibre 12.   

Números
 
Somente no mês de julho de 2015 foram contabilizados em Cuiabá e Várzea Grande. 44 assassinatos, o que representa aumento de 26% comparativamente ao ano passado no mesmo período. Já no mês de agosto, desperta a atenção o fato de que em menos de 48 horas, foram registrados  quatro homicídios e duas tentativas.  Homens encapuzados, que empregam um carro prata nas execuções. Mais uma vez as vítimas possuiam  antecedentes criminais.
 
A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) tem tratado o assunto com muita cautela e o titular da pasta, Mauro Zaque, afirmou ao Olhar Direto que considera precoce afirmar quanto atuação de um grupo de extermínio.
 
 No último dia 06 de agosto (quinta-feira), a Polícia Militar registrou uma tentativa de chacina que deixou uma pessoa morta e outras duas feridas no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. Segundos populares, os três estavam sentados em frente a uma residência atrás do miniestádio quando um veículo, possivelmente um Voyage, de cor prata, se aproximou dos jovens. Dois homens, ainda segundo testemunhas, desceram do veículo e passaram a efetuar diversos disparos. Hugo ainda tentou correr, mas foi atingido na cabeça e caiu na calçada.
 
 
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