O Governo de Mato Grosso pretende reduzir a taxa de homicídios por 100 mil habitantes em mais de 61% até 2031. A meta foi estipulada no Caderno de Indicadores 2015. O documento foi elaborado pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), em conjunto com outras secretarias. Até o dia 31 de julho deste ano, foram registrados 146 homicídios somente em Cuiabá.

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De acordo com o documento, a marca atingida pelo Estado em 2012 era de 29,9 homicídios a cada 100 mil habitantes. A previsão do estudo é de que este número caia para 26 homicídios este ano. Daqui a cinco anos a expectativa é que aconteça nova redução (19) e que em 2031, seja de 10 execuções para cada 100 mil habitantes.
 
Vale ressaltar que, segundo o estudo, este número nunca ficou abaixo de 25, desde o ano de 2005. O objetivo claro do Executivo é reduzir a vitimização de pessoas por violência e pela criminalidade, além de diminuir a insegurança do cidadão mato-grossense. Vale lembrar que, se não se reeleger, Pedro Taques (PSDB) seguirá no comando até 2018.
 
Segundo os dados da Polícia Judiciária Civil (PJC), até o fim de julho Cuiabá registrou 146 homicídios. O número é maior que o mesmo período de 2014 (128) e 2013 (99). Em Várzea Grande, houve redução. Até o dia 31 de julho deste ano foram 83 execuções, sendo que em 2014 foram 125 e em 2013 foram 82.
 
Uma pesquisa divulgada no início do ano, pela fundação americana City Mayors, mostrou que a capital mato-grossense foi considerada a 29ª cidade mais violenta do mundo e a 11ª do país. Cuiabá ficou a frente de municípios como Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), já que a pesquisa considera a taxa de homicídios por grupos de 100 mil habitantes.
 
Recentemente, o número de homicídios tem aumentado em Cuiabá. Cogitou-se ainda a existência de um grupo de extermínio, que estaria executando diversas pessoas com passagens pela polícia. A informação foi negada pelo secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque: “Isso em Cuiabá não, não existe. Se tiver, vai ser investigado e apurado. O que ocorre é que existem picos, são questões sazonais de homicídios e roubos. Eles dão picos e depois descem, mas acho que é muito prematuro para falar qualquer coisa relativa a grupo de extermínio”.
 
Taques também negou: “Senhores... Não falo com adivinhações... Quero dizer ao cidadão que o nosso governo entende que direitos fundamentais têm que ser respeitados. Dignidade da pessoa humana tem que ser respeitada!”, disse em entrevista coletiva, no Salão Garcia Neto do Palácio Paiaguás”. Ele ainda acrescentou que: “O servidor do Estado, seja ele governador, policial ou merendeira, não pode se igualar a criminosos. Não pode violar a lei. Não toleramos isso”.
 
Caderno de Indicadores
 
Segundo o Governo do Estado, o documento contém os principais indicadores utilizados nos planos e programas do Estado e tem o objetivo de servir de referência para a melhoria das políticas públicas. Com 121 páginas, a publicação apresenta a realidade de Mato Grosso e é resultado de ampla discussão sobre os indicadores do Plano de Longo Prazo (PLP 2011-2031) e seus desdobramentos dentro do Plano Plurianual (PPA 2012-2015).
 
“Os estudos sobre metodologia de elaboração de indicadores foram iniciados em 2009 e neste período foram identificados problemas como falta de fonte, desconhecimento da metodologia de cálculo, inviabilidade financeira para atualização, entre outros”, relatou o Superintendente de Estudos Socioeconômicos e Geográficos da Seplan, Antonio Abutakka.