A CAB Ambiental, empresa que controla a CAB Cuiabá, deve ser vendida em leilão judicial nos próximos 45 dias. A estimativa é do procurador-geral do município, Rogério Gallo, após o plano de recuperação do Grupo Galvão ter sido aprovado na assembleia geral dos credores realizada na última sexta-feira (28), no Rio de Janeiro (RJ). O dinheiro pago pela empresa ajudará a pagar as dívidas do grupo, que chega a R$ 1,8 bilhão, juntamente com a venda da concessão da BR-153 e de uma pedreira em São Paulo.

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Conforme divulgado pelo jornal o Estado de S. Paulo, a recuperação foi aprovada pelos três grupos de credores.  Os credores trabalhistas votaram 100% pela aprovação. Micro e pequenas empresas 95,93%. Grandes credores, principalmente bancos, 89,69%. Caixa, Bradesco, Votorantim, Pine, BIB, ABC, HSBC foram a favor, enquanto o Banco do Brasil se absteve, e Itaú e Santander foram contra.

Diante disso, a expectativa do prefeito Mauro Mendes (PSB) é fazer uma repactuação do contrato da concessionária dos serviços de água e esgoto da capital. Ele destacou, em entrevista recente, que essa é a principal alternativa estudada pelo município, se os novos donos da CAB tiverem condições financeiras para investir na rede em Cuiabá. O descumprimento das metas previstas no contrato preocupa o prefeito, em especial a que previa a universalização da água em três anos.

“A venda da CAB Cuiabá poderá trazer para o município um novo operador, entretanto, o novo controlador terá que ter a autorização da prefeitura e mostrar que tem condições de cumprir com as metas que até agora a CAB não cumpriu. Esperamos que venha um operador que tenha a capacidade operacional e financeira para cumprir com aquilo que está estabelecido no contrato de concessão”, disse Rogério Gallo.

Mauro Mendes chegou a se reunir com o juiz responsável pelo processo, Fernando César Ferreira Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, na véspera da assembleia, para pedir agilidade na recuperação da empresa. A sinalização foi positiva, por isso o prefeito e o procurador estão otimistas quanto ao agendamento do leilão que venderá a CAB Ambiental

“O juiz entendeu que a aprovação da recuperação é boa, sobretudo porque atende ao interesse do cidadão cuiabano. Se ganhou em agilidade, porque aprovado o plano, o juiz marcará o leilão, que pode ocorrer entre 30 e 45 dias. Se não tivesse aprovado o plano, poderia prolongar ainda mais essa apatia, essa indefinição”, disse o procurador-geral.

Se houver problemas com a recuperação judicial, o prefeito estuda duas outras alternativas para os serviços de água e esgoto: intervenção na concessionária e rompimento do contrato por caducidade, ou seja, descumprimento das cláusulas do contrato por parte da CAB.