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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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Em busca de nova vida, família de refugiados sírios chega à Cuiabá

Foto: Reprodução

Em busca de nova vida, família de refugiados sírios chega à Cuiabá
Em viagem ao Líbano, no ultimo mês, Vagner e Emili Giglio, um casal de empresários de Cuiabá, tiveram contato com a realidade dos refugiados da guerra civil síria, na fronteira com os dois países. Sensibilizados pela situação de milhares de pessoas que perderam seus lares e hoje, fogem para sobreviver, eles deram início a uma corrente de ações que resultará na vinda de uma dessas famílias para Cuiabá. No dia 30, o radiologista Fadi, a anestesista Wafa, sua esposa, e as duas filhas Mirella e Lida, de 10 e 12, desembarcam na Capital, onde uma nova vida os espera.


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Vivendo há cinco meses em São Paulo, eles enfrentam problemas de adaptação e custo de vida. Agora, amparados pela iniciativa de um grupo formado por empresários da região, eles tem a garantia de moradia e mantimentos para o período de um ano, além de escola para as garotas. De acordo com Vagner, eles já afirmaram aceitar qualquer tipo de trabalho, mas um período de adaptação será necessário.  “Acreditamos que este tempo será suficiente para a adaptação. Talvez eles possam até revalidar seus diplomas”, afirma Giglio.
 
Ele explica que chegaram a Fadi por meio de contato com Consulado e Organizações Sociais (ONGs) que desenvolvem um trabalho parecido. “É preciso ter responsabilidade, sobretudo, com este tipo de ação. Assim a primeira família será traga para que sejam avaliadas todas as demandas necessárias para a acomodação devida, a partir dessa aferição, outros poderão chegar ao Estado”.
 
Para facilitar o processo de identificação com a nova pátria, eles também optaram por prestar assistência aos refugiados que já escolheram o Brasil para morar. “Isso facilita porque contempla uma escolha já feita por eles”.
 
O movimento, formado há apenas uma semana, ganha colabores e ainda não conta com ajuda do governo. Mas, acordo com Vagner, esta possibilidade ainda será estudada com o objetivo de beneficiar outros estrangeiros vivem na mesma condição. “A causa não é deles, é do mundo. Precisamos todos nos posicionar diante de tanto sofrimento e injustiça”.
 
Com relação ao grupo de apoio, ele conta ser integrado por amigos e empresários de vários ramos. Unidos, eles já desenvolviam projetos sociais, como a reforma de creches pela cidade. A mobilização por uma nova causa partiu dos relatos da experiência vivida pelos Giglio e das constantes reportagens tratando da imigração internacional.
           
A fim de manter a transparência da iniciativa, também não são aceitas doações em dinheiro. Aqueles que pretendem ajudar, devem se informar sobre os bens e serviços que precisam ser recebidos.
 
No Facebook, a página ‘Ajuda às famílias refugiadas’ ajuda a proliferar a causa. Além disso, os interessados podem entrar em contato pelo número 3615 7020, ramal dedicado exclusivamente ao assunto.
  
O conflito
 
A República Árabe Síria enfrenta, desde março de 2011, uma guerra civil que já deixou pelo menos 130 mil mortos, destruiu a infraestrutura do país e gerou uma crise humanitária regional.
 
Mais de 2 milhões deixaram o país em busca de refúgio em nações vizinhas, aumentando as tensões entre os países vizinhos. Outros 4,25 milhões de sírios tiveram que se deslocar dentro do país devido aos combates. A situação sanitária se agrava, as organizações de ajuda não conseguem acesso a regiões inteiras do país, e a economia encolhe em meio aos combates.
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