O secretário de Estado de Planejamento, Marco Marrafon, afirmou que o gasto com custeio da máquina pública estadual já diminuiu 25% este ano, desde o início do governo Pedro Taques (PSDB). Ele afirmou que foi possível gastar menos com a identificação de superfaturamentos, além de repactuação de contratos e medidas de corte de gastos.
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“Diminuímos o custeio da máquina pública em 25% só em 2015, o que naturalmente já coloca a secretaria em posição de maior economia. E fazer economia em cima da economia é muito mais difícil. Mesmo assim, há itens de custeio que a Secretaria de Gestão está prevendo a diminuição em 18% no gasto. Isso considerando o aumento da energia elétrica, combustível e a inflação. Então essa diminuição real é muito maior e chega em torno de 40%”, afirmou.
Marrafon criticou os altos gastos e encargos da folha de pagamento e das dívidas recebidas pelo atual governo, o que tornam, na sua visão, os governadores em “gerenciadores” de folha e dívidas, dificultando investimentos em políticas públicas. Por isso, no Plano Plurianual (PPA) apresentado pelo governo, a maioria dos investimento fica para a segunda metade do mandato de Pedro Taques.
“O custeio da máquina é muito pesado no estado brasileiro; não é um privilégio do estado de Mato Grosso. Hoje um gasto de tributos inteiro vai com a folha de pagamento e com pagamento de dívids. Os governadores viraram gerenciadores da folha de pagamento e gerenciadores de pagamento de dívidas. Então isso tem pesado muito, especialmente para 2015 e 2016: é manter a folha de pagamento em dia e honrar os compromissos das dívidas deixadas pela administração interior. A partir de 2017, a gente prevê uma retomada mais forte dos investimentos”, disse.
O deputado estadual Zé do Pátio (SD), relator do PPA na Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, defendeu um corte ainda maior no custeio. “Não estamos tendo recursos para investimento. Mesmo com o governo cortando recurso de custeio, ainda não é suficiente para atender a demanda de Mato Grosso. Então vou defender a tese de cortar mais custeio e mais recursos para as secretarias meio e investir mais nas secretarias fim”, disse.
