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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Política BR

Renan nega chantagem e recomenda que Virgílio procure um psiquiatra

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), reagiu às declarações do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), que o acusa de chantagear o partido e recomendou que o tucano procure um médico psiquiatra. Segundo Renan, "o caso de Virgílio é menos de política e mais caso de psiquiatria".


O líder peemedebista garantiu que não usou tom de ameaça nas conversas telefônicas que teve com Virgílio ou com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e ainda ironizou o líder tucano. "Quem seria louco de ameaçar um cara valente como o Arthur [Virgílio].

A conversa foi civilizada. O próprio Sérgio [Guerra] admitiu que foi em tom civilizado. Eu falei que se o partido assumisse as insanidades do Arthur [Virgílio], o PMDB não teria outra alternativa a não ser entrar com representação", disse.

Renan também negou que a acusação contra o senador tucano seja uma estratégia de seu partido para desviar o foco das atenções das denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Na manhã de hoje, Virgílio afirmou que vai reavaliar se deve mesmo denunciar Renan no Conselho de Ética do Senado, pois tem receio de que o embate entre eles pode desviar a atenção da crise que envolve Sarney. "Não tem nada de estratégia. Ele é réu confesso. Reconheceu em plenário", disse o peemedebista.

O PMDB vai apresentar a representação contra Virgílio na semana que vem ao conselho. O partido acusa o senador de ter recorrido a um empréstimo de US$ 10 mil do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia quando o senador teve problemas com o cartão de crédito numa viagem particular a Paris, em 2003. Além disso, Virgílio é suspeito de receber R$ 723 mil do Senado pelo tratamento de saúde da mãe dele, quando o regimento permite gasto anual de R$ 30 mil.

Renan também foi acusado no colegiado. O PSOL apresentou uma representação contra o senador, responsabilizando-o pela edição dos atos secretos --decisões administrativas mantidas em sigilo nos últimos 14 anos.

Na volta do recesso parlamentar na próxima semana, o Conselho de Ética tem 12 reclamações para avaliar. São 11 acusações contra o presidente da Casa e uma contra Renan.

Sarney é alvo de cinco representações por quebra de decoro parlamentar --três apresentadas pelo PSDB e duas pelo PSOL-- e seis denúncias --quatro protocoladas por Virgílio e outras duas dele com o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Sarney é acusado de tráfico de influência e nepotismo.

As denúncias podem ser apresentadas individualmente por parlamentares ou cidadãos e pedem apenas que o conselho investigue. Já a representação pede a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar e só pode ser oficializada por partidos. As denúncias estabelecem punições mais brandas como advertência verbal ou escrita e as representações podem determinar a perda do mandato.
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