Criminosos invadiram a prefeitura de Novo Mundo (742 km de Cuiabá) e na sequência roubaram uma cooperativa do Sicredi no município. De acordo com o delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), os bandidos pegaram duas pessoas na prefeitura e obrigaram que uma delas dirigisse até a agência bancária. Depois, ainda continuaram com os reféns e só os libertou quando estavam em uma zona rural.

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“Eram de três a quatro pessoas fortemente armadas, com armas longas. Eles chegaram por volta das 10h30, invadiram a prefeitura e fizeram duas pessoas reféns. Depois, obrigaram que eles fossem até a cooperativa e realizaram o roubo. A ação foi muito rápida. As vítimas foram liberadas posteriormente em uma zona rural”, disse o delegado ao Olhar Direto. Cogita-se que o secretário de Administração do município, Cleber Valsoler, tenha sido um dos reféns, o que não foi confirmado.
 
O montante levado pelos criminosos ainda não foi contabilizado. Eles estão foragidos e os policiais da região estão à procura do bando. Antes de fugir, eles tentaram colocar fogo em uma ponte de madeira, para prejudicar o deslocamento das viaturas. Por sorte, as chamas se apagaram rapidamente.
 
Roubos
 
Os roubos a agências bancárias têm crescido nos últimos dias em Mato Grosso.  Em Poconé (109 km de Cuiabá), criminosos explodiram duas agências bancárias (Bradesco e Banco do Brasil) no dia 29 de setembro. Em agosto passado, outra tentativa - nesses moldes - havia sido registrada.
 
Em Cuiabá, também foram registrados outros casos parecidos. No bairro Cristo Rei, uma agência do Bradesco também foi alvo dos criminosos. Na última segunda-feira (05), dois criminosos armados chegaram atirando em uma agência do banco Itaú, localizado na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. Eles roubaram a arma e o colete de um dos seguranças e também fizeram uma limpa em caixas e clientes. Pelo menos R$ 9 mil reais foram levados, este valor seria depositado pelos clientes.
 
“Não existe falha na estratégia de segurança pública”
 
O secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, negou na manhã desta quinta-feira (08), que exista uma falha da pasta no Estado: “Não, de forma alguma, não existe falha na estratégia de segurança pública. Em primeiro lugar, você tem que der estes dados completos para saber se incrementou e quanto aumento. Vocês não podem ter a pretensão de que Mato Grosso acabe com a criminalidade. Existem crimes passionais, que não tem como prever. O Estado tem de punir”.
 
“Houve sim, e isso a população percebe, uma redução significativa em roubo a banco. Várzea Grande, que era considerada a cidade mais violenta de Mato Grosso, está experimentando uma redução consistente do número de roubos. É importante considerar o seguinte, o número de roubos subiu, mas a maioria é de celulares e não a veículo ou residência”, completou o secretário, que também apontou a crise econômica como um dos fatores de acréscimo de ocorrências desta natureza.