Olhar Direto

Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Política MT

brt x vlt

Ex-presidente da Agecopa diz que Cuiabá tem metade da demanda necessária para o VLT

Ex-presidente da Agecopa diz que Cuiabá tem metade da demanda necessária para o VLT
O ex-diretor presidente da extinta Agecopa Yênes Magalhães afirmou que atualmente Cuiabá e Várzea Grande não têm demanda de transporte coletivo que justifique a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Desse modo, na previsão dele, essa diferença terá impacto no preço da tarifa e no bolso dos passageiros do VLT. Em entrevista nesta terça-feira (13), ele considerou um erro a troca do BRT pelo VLT na capital mato-grossense.


Leia mais:
Preso, ex-secretário explica em depoimento à CPI da Sonegação sobre propina de R$ 2 milhões
 
“Sem dúvida alguma [foi um erro]. É um trabalho técnico, que não pode ser misturado com política. Um dado já demonstra isso: para ter um VLT economicamente viável, precisa de 15 mil passageiros por hora. E Cuiabá e Várzea Grande têm hoje 7,8 mil passageiros por hora. Não há demanda para que a população pague a tarifa que vai custar. É impossível, como foi dito lá atrás, que seja o mesmo preço de ônibus. Não é”, afirmou.

“Quer colocar o VLT, não tem problema. Agora precisa que alguém pague essa diferença. Não pode simplesmente implantar e jogar essa despesa para cima da população. Sem dúvida alguma a troca foi irresponsabilidade com todos. Não só com a população, mas com todo o estado de Mato Grosso”, completou.

Especialista em engenharia de trânsito e transportes, Yenes foi diretor de Planejamento da Agecopa e presidente interino da agência por seis meses, além de defensor do Bus Rapid Transit (BRT) como modal de transporte para a Copa 2014, a mesma posição do então governador, hoje senador Blairo Maggi (PR). “Independente dos cargos políticos que ocupei, eu tenho uma formação. Eu tenho conhecimento. Quando eu defendia lá atrás, é porque tinha um trabalho técnico elaborado”, afirmou.

Obras paralisadas

O ex-diretor observou que o BRT poderia ter sido implantado e mais tarde substituído pelo VLT, quando a capital atingisse a demanda necessária. O contrário, porém, não é possível, levando em consideração a estrutura construída para o modal sobre trilhos.

“Poderia implantar o BRT e, no futuro quando houvesse aumento da demanda, tiraríamos os ônibus e colocaríamos o VLT. Agora, o contrário não é possível. Até porque não foi feito no nível do solo, foi elevado, então teria que destruir tudo o que está aí. E isso sem levar em consideração R$ 500 milhões de vagões num pátio que precisam ser colocado para funcionar”, disse.

Desse modo, apesar das críticas, Yênes defende que as obras do VLT sejam concluídas, considerando o ponto em que estão e o valor já gasto – R$ 1,066 bilhão de um contrato de R$ 1,47 bilhão. “Eu não vejo outra alternativa a não ser dar continuidade à implantação do VLT. A população está esperando do governo Pedro Taques (PSDB) esclarecimento e transparência. Ninguém está chateado se a obra levar mais um ano, dois ou três para ficar pronta. O que a população quer saber é quando vai ficar pronta, que valor vai ser, como vai ser o sistema de integração. É essa a transparência que a população está exigindo”, concluiu.

Yenes iria depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa nesta terça-feira, porém, por falta de quórum, o depoimento foi adiado para a quarta-feira (14). O ex-diretor de Infraestrutura da Agecopa, Carlos Brito, também depõe nesta quarta. 
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet