Em pouco mais de quatro minutos, a TVCA apresentou na edição noturna do MTTV 2ª edição reportagem onde enfoca a fragilidade do sistema de segurança de fronteira. Na matéria, o jornalista Alex Barbosa enfoca que ao longo de mais de 600 quilômetros a equipe percorreu a região de fronteira sem sofrer abordagens. O ‘teste’ quanto a vulnerabilidade na segurança da fronteira entre Brasil e Bolívia terminou com a detenção da equipe no final da tarde de segunda-feira, 12.

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No porta-malas  do veículo usado para a reportagem, estavam 169 invólucros contendo uma substância branca (pó de gesso) em uma simulação de que transportavam cocaína.
 
Ainda segundo a  reportagem, somente após doze horas de viagem é que os jornalistas foram abordados por uma equipe do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) no final da tarde de segunda-feira, 12.  Por causa do material, a equipe terminou detida e levada para Delegacia da Polícia Federal que abriu procedimento para apurar o caso. Somente após a realização de teste pela Polícia Federal (já durante a madrugada) e comprovação de que a substância não se tratava de entorpecente, a equipe foi liberada.
 
Ao longo da reportagem, a equipe mostrou que passou por três postos de fiscalização ao longo de rodovias federais sem sofrer nenhuma abordagem.  Em nota, a PRF informou que possui apenas 34 policiais para atuar na fiscalização ao longo de 400 quilômetros.
 
Durante a reportagem, a emissora deixou claro que não cometeu crime algum e ratificou que havia informado para a Procuradoria Regional da República quanto à simulação que seria feita.  Diante da informação, o Ministério Público Federal (MPF) notificou a Polícia Federal quanto à ação.
 
Hoje, o  secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Mauro Zaque, explicou na manhã de hoje (13) que a abordagem do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) à equipe da TV Centro América atendeu às normas legais e rotineiras da força de segurança que atua na fronteira.  Cita ainda que "o caso vai ser analisado em razão de ter desviado as forças de segurança pública do seu objetivo, deixando a fronteira desguarnecida, o que causou também prejuízo aos cofres públicos, com emprego de força pública para atender uma demanda pessoal e de interesse particular da emissora".

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