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Domingo, 28 de abril de 2024

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Governo anuncia corte de ponto para servidores do Detran e só negocia após fim da greve

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Governo anuncia corte de ponto para servidores do Detran e só negocia após fim da greve
O governo estadual decidiu endurecer com os servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que estão em greve e anunciou que cortará o ponto dos grevistas se a greve continuar. O comunicado foi feito em reunião entre o presidente do órgão, Rogers Jarbas, o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, e a presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran), Daiane Renner, na manhã desta sexta-feira (6).


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“Não vamos negociar mais com categoria. Como vamos negociar com uma categoria cuja greve foi declarada ilegal? A multa imposta pelo Judiciário de R$ 100 mil por dia de paralisação será cobrada. E também vamos cortar o ponto dos servidores que não estão trabalhando”, afirmou Paulo Taques à imprensa.

O secretário afirmou que, se a categoria optar por permanecer em greve, a direção do Detran vai remanejar funcionários para o atendimento ao público, e até mesmo contratar estagiários para dar andamento aos serviços. Paulo Taques disse, ainda, que se a greve for encerrada, o Sinetran receberá o mesmo tratamento dos outros sindicatos.

“Eu disse a eles que nosso governo é aberto a sentar e conversar com os servidores. A maior prova disso é que já recebi todas as categorias do governo em 10 meses de trabalho. Se eles suspenderem a greve e quiserem negociar com o governo, vamos tratá-los normalmente, como tratamos outros servidores: recebê-los e começar a conversar sobre isso”, disse.

Nomeações

A principal reivindicação dos servidores em greve é a nomeação de 70% dos aprovados no concurso ainda este ano, o que dá 412 pessoas. O governo, porém, propôs nomear 30 este ano, e prosseguir com as nomeações gradativamente até o final do mandato do governador Pedro Taques (PSDB), em 2018. A proposta apresentada não contém novidades em relação ao que já havia sido apresentado pelo governo anteriormente.

Daiane Renner informou que convocará uma assembleia geral da categoria para a próxima segunda-feira (9), para deliberar sobre a posição do governo e a continuidade ou não da greve. Ela lamentou o travamento das negociações.

“A proposta de nomear 30 servidores este ano não cobre nem mesmo um servidor para cada unidade do Detran. O sindicato tem buscado diálogo e negociação com o governo do estado desde o início, antes de a mobilização iniciar. Tivemos uma frustração da expectativa porque o governo não tocou no assunto da contraproposta”, disse.

A sindicalista destacou a necessidade de nomear mais servidores para o órgão. “Temos uma defasagem de 70% nos quadros do Detran. Longas filas de espera pelo atendimento ao público, sobrecarga de trabalho para os servidores. O que a categoria está buscando é simplesmente melhoria do serviço para os usuários e das condições de trabalho para os servidores”, afirmou. Daiane lembrou, ainda, que a decisão judicial que declarou a greve ilegal foi em caráter liminar, ouvindo apenas um lado, sem a defesa do Sinetran.

Transformações

Paulo Taques garantiu que, sob nova gestão, o atendimento do Detran já vem melhorando, e que a nomeação de mais servidores não é garantia de qualidade no atendimento ao cidadão. O secretário afirmou, ainda, que o Sinetran tem feito muito mais greves na gestão de Pedro Taques do que fez na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

“Eu lembrei a eles que em quatro anos do governo passado eles fizeram três greves, ou seja, menos de uma por ano. Nós iniciamos o 11º mês de governo e eles já estão na segunda greve. Eles precisariam ter um pouco mais de compreensão. E se não fizeram tantas greves no governo passado, que no nosso eles tenham um olhar um pouco mais de servidor público no sentido de aguardar as transformações que estamos fazendo no Detran”, disse.
 
Os servidores do Detran estão em greve desde o dia 26 de outubro e, desde a última quarta-feira (4), têm protestado em frente ao Palácio Paiaguás. Nos últimos dois dias, eles foram proibidos de adentrar a guarita do palácio e permanecem na rua e na calçada, com faixas e som. Na quinta (5), eles chegaram a fechar a rua, impedindo o trânsito no local. 
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