O senador Pedro Simon (PMDB-S) reagiu neste domingo (2) à nota divulgada pela direção nacional do PMDB que “autoriza” os parlamentares que criticam a legenda a deixar o partido. Em constante atrito com a cúpula da sigla, o senador gaúcho disse que não vai sair do PMDB.
“Há tempos eles (direção) querem a minha saída. Eles gostariam muito que eu saísse. Não saio porque o partido conserva toda uma história nas suas bases. Vou ficar defendendo a memória do velho MDB”, disse o senador, por telefone, ao G1.
Simon afirma que a única possibilidade de deixar o partido seria por meio de um processo de expulsão. “O que eles podem fazer é pedir a minha expulsão, mas aí eu quero ver um debate nacional para expulsar o Pedro Simon”.
As declarações de Simon dizem respeito à nota divulgada neste domingo pela direção do partido. No texto, o presidente licenciado do partido, Michel Temer (SP), e a presidente em exercício, Íris de Araújo (GO), “autorizam” os dissidentes a deixar a agremiação sem o risco de perder o mandato. Eles afirmam ainda que o partido ficaria mais forte sem os dissidentes. A nota não cita o nome dos dissidentes que estão “autorizados” a sair.
O senador do Rio Grande do Sul promete voltar nesta segunda-feira (3) a pedir em plenário a saída de José Sarney (PMDB-AP) da Presidência do Senado. Simon pedirá que o afastamento se dê antes da reunião do Conselho de Ética marcada para quarta-feira (5). No Conselho, já são 11 os pedidos de investigação contra Sarney. “Será um apelo dramático para que o presidente renuncie antes da reunião do Conselho de Ética”, diz Simon.