O lançamento de candidato a prefeito em todas as capitais, inclusive em Cuiabá, é uma das principais estratégias do PDT para dar musculatura à pré-candidatura do ex-ministro Ciro Gomes à Presidência da República, em 2016. “A candidatura à Prefeitura de Cuiabá vai servir para alicerçar a corrida presidencial de Ciro Gomes. Como em todas as outras capitais e cidades acima de 200 mil eleitores”, afirmou o presidente regional do PDT, deputado Zeca Viana, durante a convenção, neste sábado (28), no Salão Arara Azul, no Hotel Fazenda mato Grosso.
“Esperamos que o doutor Julier [Sebastião da Silva] se filie logo. Mas temos outros bons nomes, como o [ex] deputado José Augusto Curvo e tantos outros companheiros valorosos”, observou Zeca Viana, para a reportagem do
Olhar Direto.
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O presidente nacional do PDT, Carlos Luppi, lamentou o que classificou como “desserviço à vida pública”, a suposta estratégia do governador José Pedro Taques (PSDB ), egresso da agremiação, em tirar filiados da legenda. E, na visão de Luppi, uma das estratégias de Taques seria a de não permitir que o PDT tenha candidato próprio à Prefeitura de Cuiabá, por querer abrir caminho ao seu principal pupilo, o atual prefeito Mauro Mendes (PSB), provável candidato á reeleição.
“O senhor Pedro Taques teve lealdade e companheirismo para iniciar na vida pública. Aqui, se elegeu senador da República e, depois, governador de Mato Grosso. O PDT lhe foi leal, mas nunca houve reciprocidade”, afirmou Luppi.
O presidente nacional do partido de Leonel Brizola argumenta que aceitou a saída de Taques sem sobressaltos porque não deseja a permanência de ninguém à força. “De que adianta ter o título se não tem o coração? Então, melhor mesmo que tenha partido”, citou Luppi, ao recordar que Pedro Taques, quando senador, raramente seguia a orientação da Executiva Nacional.
Carlos Luppi revelou que, no mapa do Diretório Nacional, Cuiabá está entre as cidades em que o PDT tem condições de eleger o chefe do Poder Executivo. A única vê em que o PDT elegeu o prefeito de Cuiabá foi Dante de Oliveira, em 1992.