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Sábado, 18 de maio de 2024

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Estudante de Direito é ameaçada e tem carro roubado no Araés; onda de assaltos assusta moradores

Foto: Reprodução

Estudante de Direito é ameaçada e tem carro roubado no Araés; onda de assaltos assusta moradores
Armado e sem capuz, um homem ameaçou uma estudante de Direito e conseguiu levar seu carro, um Citroen Exclusive, azul, na manhã desta terça-feira, 01, no bairro Araés. Abordada enquanto estacionava o carro na frente do escritório de advocacia do pai, a vítima, Annelise Busiki, 25, se assustou e gritou por socorro, fazendo com que comerciantes da redondeza se aglomerassem no local para tentar impedir o ladrão. Pelas câmeras de segurança, seu pai Odair Busiki, percebeu a movimentação e se juntou aos populares para evitar a fuga do assaltante, mas não obteve êxito.  Em um período de uma semana, outros quatro estabelecimentos foram roubados no quarteirão. Sete em 15 dias. Todos estão assustados.


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Agora, com as imagens das gravações que mostram o rosto do suspeito, a família busca por apoio para poder identificá-lo. Para Odair, é importante que vários setores da sociedade se mobilizem para ajudar a polícia com estes casos, utilizando de todas as formas legais para denunciar e ajudar a capturar criminosos. “Não estou incitando ninguém a reagir a assaltos, mas nós, enquanto cidadãos, devemos reagir a situação crítica a qual nossa segurança chegou, buscando contribuir de todas as formas para os trabalhos de investigação.”

De acordo com Annelise, todas as providências legais já foram tomadas, mas não há muita esperança de que o veículo seja recuperado.  Ela explica que a suspeita é de que ação tenha sido planejada, já que o modelo do carro não é comum e a rua onde era estacionado é de difícil saída, o que dificultaria a fuga. “Acreditamos que o carro já esteja em algum desmanche ilegal, mas recorremos à imprensa, ao poder público e a polícia de todas as formas para levar à tona o que aconteceu. Precisamos denunciar, dar visibilidade a isso e mobilizar as pessoas”.

O advogado afirma ainda que fará o possível para colocar o homem na cadeia, começando pela divulgação de sua foto. Além da veiculação na mídia, ele conta ter disseminado a imagem entre vários amigos e conhecidos, além de grupos em redes sociais. “Hoje eu poderia estar chorando a morte de uma filha, mas graças a Deus não estou. Se esses monstros continuarem a solta, no entanto, outros pais poderão passar por essa tragédia. Queremos esses criminosos na cadeia, não apenas pela nossa perca material, mas por todo risco que eles oferecem à comunidade. Hoje fomos nós, mas quantas outras vítimas esse homem já fez? Quantas outras poderá fazer se continuar solto?”, conclui.  
 
Onda de roubos

Além das câmeras de segurança no escritório de Odair, a porta é mantida trancada e é reforçada por uma grade. As precauções já foram adotadas por quase todos os pontos comerciais da região, que vivem um momento de insegurança. Nos últimos quinze dias, cerca de sete comerciantes tiveram prejuízos com tentativas e roubos efetivados na mesma localidade. Até agora os mais afetados foram os comerciantes da rua Tenente Eulálio Guerra.  

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É o caso da empresária, F.D, que prefere não ser identificar nem divulgar o nome de sua loja, por medo. Na última terça-feira, 24, a vidraça do estabelecimento foi quebrada, e, mesmo não tendo conseguido entrar, os suspeitos a obrigaram a desembolsar quatro mil reais para repor o vidro e reforçar a segurança: agora, um segurança particular, que agora dorme no interior da loja, enquanto a vitrine não é reposta. Segundo ela, praticamente todo o lucro do empreendimento tem sido destinado ao pagamento de seguros e investimentos deste tipo. 



Indignada, F.D reclama da insegurança que sente instaurada por toda cidade, e conta estar sempre em estado de alerta.“Todas as pessoas do meu convívio já foram assaltadas. Eu não consigo mais ir ao mercado sem medo. Penso até no sapato e na roupa que vou usar, se são melhores pra correr se for preciso. É um absurdo! Eu pago todos os meus impostos, pago segurança armada, pago vigilante na rua, agora pago um segurança que fica dentro da loja, e ainda pago seguro. Está insustentável, tudo chama atenção de bandido. A gente não pode andar armado, porque é perigoso, mas e o que eles fazem conosco? Eu,sinceramente, não confio na polícia. Quando liguei avisando o que tinha acontecido, disseram apenas que iam fazer uma ronda.”

A proprietária do Jazz Café, na mesma rua, Jose Martinez, também passou por uma situação semelhante. Durante a noite, criminosos quebraram a porta de vidro da lanchonete e levaram R$ 140 reais do caixa. "Não é muito dinheiro, mas e o gasto pra arrumar tudo, limpar bagunça? E a sensação de insegurança?" diz. Utilizando o mesmo método, de quebrar as vidraças com pedras, bandidos também tentaram invadir a Nane Boutique, de Arianne Arruda. Impedidos por uma grade de proteção, eles ainda levaram a roupa de um manequim.  

Agora, em solidariedade, os vizinhos tem procurado se ajudar, fornecendo informações e observando a chegada e a saída uns dos outros. Ainda assim, todas as portas só são abertas depois de identificação. Eles acreditam que, fora o assalto a mão armada que aconteceu hoje, as demais ocorrências estão relacionadas ao alto número de usuários de drogas que tem perambulado pelo bairro. 



Outro lado

O tenente-coronel Delwison Cruz, da Polícia Militar (PM) explica que uma das possibilidades para o volume de crimes esteja realmente ligada a uma “migração” de usuários, já que, muitos deles desocuparam praças da região central, depois uma operação chamada ‘Impacto 3’. “É provável que muitos deles tenham mudado de lugar depois que direcionamos ações à praça da Igreja da Boa Morte, 8 de Abril e Santos Dumont, por exemplo”.

De acordo com o policial, o trabalho da polícia não conta apenas com estatísticas, mas também com informações da população, que ajudam a direcionar e aumentar o contingente de oficiais deslocados a regiões específicas. “Agora, em posse dessas informações, podemos intensificar o trabalho pelo bairro. Os cidadãos de bem são nossos olhos e ouvidos, eles são cruciais para que possamos desenvolver um bom trabalho. É através disso que temos acesso  à informações importantes e podemos aumentar o policiamento em determinadas localidades.   

Cruz também lembra que as denúncias podem ser feitas de forma anônima e destaca que as operações de final de ano também surtirão efeito. “Justamente por conta do comércio, passaremos a trabalhar com mudança de horários e locais, garantindo assim mais segurança durante essa esta época, na qual o fluxo de dinheiro aumenta bastante, chamando atenção de muita gente mal intencionada”.  
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