O Exército Brasileiro pode ser empregado para evitar que a área do garimpo da Serra do Caldeirão (em Pontes e Lacerda, a 441 km de Cuiabá) seja ocupada pela terceira vez. Ao
Olhar Direto, o secretário adjunto de Integração Operacional de Segurança Pública, coronel Joelson Sampaio, informou que como o município pertence a área de fronteira, estuda-se a possibilidade de que o patrulhamento seja por executado pelas Forças Armadas.
Leia Mais:
Estado está sendo omisso quanto aos crimes no garimpo, denuncia MPE e MPF, em nova ação para desocupação
A 'Serra' viveu o ápice de ocupação para mineração de ouro entre os meses de outubro e novembro de 2015. O local sofreu uma grande intervenção policial em 10 de novembro, em cumprimento à decisção Judicial que determinou a retirada dos garimpeiros. No entanto, menos de 20 dias após a desocupação, novamente, centenas de pessoas passaram a arriscar a vida em busca do ouro.
Em cumprimento à segunda decisão judicial, de 26 de dezembro, o secretário explicou que a partir de hoje, 13, o efetivo já foi reforçado. “No próximo sábado, 16, deverá ocorrer o bloqueio total do garimpo. Nos dias 16, 17 e 18, iremos aumentar progressivamente o emprego das forças e as pessoas que estão acampadas vão precisar sair um dia e não voltarão. A partir do dia 20, a gente passa as ações para às tropas federais”.
Por meio de nota, o Governo do Estado informou que as ações são articuladas com a Secretaria de Segurança Pública, Trabalho e Assistência Social (Setas) e Secretaria de Meio Ambiente (Sema).
Entenda:
A pequena e jovem cidade do interior de Mato Grosso, Pontes e Lacerda, ganhou destaque pelo surgimento de um garimpo que atraiu a atenção de pessoas de dentro e de fora do Estado.
Considerado a nova “Serra Pelada” pela quantidade de minério, o local começou a ter seu subsolo explorado por pessoas sem preparo e autorização. Para controlar a situação, município, estado e instituições federais se uniram para colocar em prática ações de proteção ao meio ambiente, regularização do garimpo ou desocupação do local.
Após decisão judicial do Ministério Público Federal (MPF) ordenando a desocupação do local pelos garimpeiros, o governo do estado pediu apoio da Segurança Nacional para garantir a saída dos cerca de oito mil ocupantes do garimpo, auxiliando no cumprimento da ordem judicial.
Menos de 30 dias, o local sofreu nova invasão. Uma nova ação foi proposta, dessa vez em conjunto entre Ministério Público Federal e Estadual. Em 26 de dezembro, nova decisão determinou que um planejamento para retirada de garimpeiros fosse executado em prazo de 30 dias.