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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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protesto

Sem salários, trabalhadores da usina Alcoopan acampam no TRT

Trabalhadores da usina Alcoopan, localizada no município de Poconé (110 km de Cuiabá), decidiram acampar na rua de acesso à sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ao lado da Secretaria de Educação (Seduc), em protesto contra atraso no pagamento dos salários.  


Cerca de 280 trabalhadores, quase todos oriundos de estados nordestinos, contratados para a colheita, afirmaram que "só vão sair" da rua após o recebimento de dois meses de salários em atraso. 

"Já chamaram até a Polícia Federal porque estamos no estacionamento (do TRT), mas vamos ficar ali na frente até a gente receber, porque estamos sem receber há dois meses e não temos mais dinheiro para comer e nem para voltar para o Nordeste", declarou

Outro grupo de trabalhadores, que é formado por pesssoas oriundas de Poconé e de outros municípios da baixada cuiabana, deve retornar ainda hoje para aquele município.

Segundo lideranças dos próprios trabalhadores, a situação "do pessoal de Poconé" é mais delicada, sobretudo, para quem "tinha contrato com a Alcoopan desde o ano passado".

"Temos gente aqui que ficou com três, quatro e com até seis meses sem receber salários atrasados no ano passado, e também não receberam o valor da rescisão", informou um dos líderes ouvidos pelo Olhar Direto.

O clima é tenso. Os "nordestinos" reclamam que foram enganados e prometem radicalizar.  "Temos que mandar dinheiro para nossas famílias e esses vigaristas que nos contrataram agora desapareceram", esbravejou um trabalhador rural.

O grupo que veio do Nordeste é formado, em grande parte, por cortadores. "Mas também temos operadores de máquina e motoristas, que também foram recrutados em Alagoas, Sergipe, Bahia e em outros Estados do Nordestes", acrescentou um terceiro trabalhador.

De acordo com dois outros líderes, o juiz do Trabalho, Luiz Aparecido, prometeu "liberar" cerca de R$ 700 mil até o dia 14. O problema é que nem os trabalhadores sabem ao certo como será feito esse desembolso. Os R$ 700 mil, segundo eles, seriam de uma parcela da fazenda do grupo Zulli, controlador da Alcoopan.   


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