Um homem identificado como Hudson Moraes Carvalho, e seu advogado, Rafael Winck do Nascimento, foram presos em flagrante tentando sacar R$ 70 mil de uma conta-corrente em uma agência do banco Santander, em Cuiabá, na quarta-feira, 17. Um valor estimado em R$ 86 mil, que havia sido depositado na conta anteriormente, é proveniente de um cheque adulterado de uma construtora do Estado de Minas Gerais. A dupla, suspeita de integrar uma quadrilha, responderá pelo crime de estelionato e foi descoberta depois que o gerente da unidade desconfiou da movimentação bancária e acionou a Polícia.
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Os suspeitos foram conduzidos à Delegacia e em checagem das informações, foi constatado que o cheque foi preenchido de maneira fraudulenta. O valor verdadeiro do pagamento era de R$ 1.098, pago há 10 dias a um vigilante de uma construtora, na cidade de Lavras (MG). A vítima foi abordada no momento em que descontaria o cheque em um banco de sua cidade. Um terceiro suspeito a ofereceu a mesma quantia em dinheiro pelo cheque, alegando que a fila estava muito grande e que o vigilante não perderia tempo. Assim, o montante foi adulterado e depositado na conta de Hudson, em Cuiabá.
Desde que a quantia foi compensada o acusado já havia sacado R$ 16 mil, em pequenos valores. Na terça-feira, 16, ele retornou ao banco para tentar sacar R$ 70 mil da conta-corrente, mas não conseguiu efetuar a transação. Na quarta-feira 17, ele retornou ao banco acompanhado do advogado.
Segundo o delegado Mario Dermerval Aravechia de Resende, Rafael também integra a quadrilha e foi até o banco para dar assistência jurídica no momento do saque. Além disso, a intenção era garantir que Hudson não desviasse o dinheiro, já que o acordo entre os crimininosos estabelecia ele recebesse 10% do valor do depósito pelo empréstimo da conta.
“Outro integrante da quadrilha já foi identificado e terá o pedido de prisão preventiva representado. As investigações prosseguem para identificação de outros suspeitos e possivelmente de outros crimes”, disse o delegado. Investigados por uma equipe da Gerência de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Judiciária Civil, (GCCO), eles foram presos na Operação Carga Máxima.