Cinco servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Humanos (Ibama)e um advogado foram conduzidos na manhã de hoje, 17, para prestar esclarecimentos à Polícia Federal. Todos são suspeitos de envolvimento de um esquema de fraudes que possibilitaram crimes ambientais em Mato Grosso. A operação foi batizada como ‘Provérbios 17:23’.
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De acordo com a Polícia Federal, em Cuiabá, um mandado de busca e apreensão foi cumprido e uma pessoa foi conduzida coercitivamente. Em Barra do Garças foram cinco mandados de busca e quatro pessoas prestam depoimento. Em Brasília, foram determinadas três ordens judiciais (sendo um mandado de condução coercitiva).
As investigações tiveram início em 2013, a partir do recebimento de denúncias do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O grupo criminoso vinha praticando desembargos irregulares e sem fundamento de áreas embargadas, o cancelamento de autuações e até a assinatura de termos de ajustamento de conduta sem a devida justificativa técnica e ambiental.
O esquema era realizado por meio de cooptação de servidores de autarquias, os quais são suspeitos de terem recebido propina e outros benefícios indevidos para permitirem o cometimento de diversos crimes, dentre eles, falsidade ideológica, prevaricação, advocacia administrativa, inserção de dados falsos em base de dados oficiais e formação de quadrilha.
Calcula-se que tais ações criminosas tenham gerado um prejuízo de mais de R$ 65 milhões para o meio ambiente.