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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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Mauricio Guimarães diz a CPI que atuação da Assembleia fez Silval mudar BRT para VLT

Foto: Karen Malagoli/ALMT

Mauricio Guimarães assumiu responsabilidade pelas obras do VLT em CPI

Mauricio Guimarães assumiu responsabilidade pelas obras do VLT em CPI

O ex-secretário da Copa 2014 (Secopa) Mauricio Guimarães atribui a mudança de modal de transporte na capital à ação feita pela Assembleia Legislativa junto ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB). À época, a Casa de Leis era presidida pelo então deputado estadual José Riva, hoje preso com Silval no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa, nesta terça-feira (5), Mauricio afirmou que não participou dessa decisão.


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Mauricio, que ainda não atuava na Secopa, disse ter acompanhado a audiência pública que definiu pela mudança de Bus Rapid Transit (BRT) para Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no início de 2011, e que a movimentação que culminou na mudança da matriz de responsabilidade da Copa começou ali.

“Exatamente o que levou o governador a mudar o modal eu não sei, mas a motivação ganhou mais força numa discussão puxada pela Assembleia. A movimentação para mudança de modal aumentou na audiência pública realizada aqui em 2011. Não é novidade para ninguém que a partir daí houve visitas técnicas em outros países onde há esse modal funcionando. E de lá veio a decisão de fazer as tratativas para mudar o modal e incorporar o VLT. À época o deputado José Riva disse que o VLT custaria entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões", disse Mauricio.

A visita a que ele se refere é a viagem feita em 2011 à cidade do Porto, em Portugal, onde funciona um VLT. A comitiva foi composta por Silval, o ex-secretário da Copa Eder Moraes, o então presidente da Assembleia José Riva, e os deputados Guilherme Maluf (PSDB), hoje presidente da Assembleia, e Sérgio Ricardo, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O plano de mobilidade entregue pelo governo estadual à Fifa antes da escolha de Cuiabá como sede indicava o BRT como solução de transporte para a capital. “O plano recomendava o BRT como adequado, mas não descartava outros modais”, afirmou Mauricio Guimarães.

Apesar de ter se isentado sobre a escolha do novo modal, o ex-secretário assumiu toda a responsabilidade pela execução da obra, que foi licitada por R$ 1,47 bilhão no Regime Diferenciado de Contratação (RDC), algumas semanas após ele assumir como titular da Secopa.

“Trabalhei sempre tecnicamente, executando as obras. Nunca politicamente, até porque essa não era minha função. Para ser um gestor público, não precisa ser especialista naquela área. Tem que entender de gestão. Na minha visão, eu fui um bom gestor. Seria leviano eu dizer que fui usado. Fui indicado para um cargo técnico, e trabalhei forte para executar as obras”, disse Mauricio.

Obras inacabadas

O ex-secretário afirmou que fez todo o esforço para concluir as obras, porém, admite que houve falhas tanto da parte do governo quanto do consórcio VLT Cuiabá. “Todo o esforço feito para entregar as obras não foi suficiente. O poder público precisa de mecanismos para entregar as obras no prazo. Houve uma série de fatores que atrasaram o VLT, como desapropriações, questões financeiras, questões judiciais e até mesmo a proteção do patrimônio histórico. O Estado e o consórcio têm responsabilidade”, pontuou.

“A sociedade merece respeito. Mas a sociedade pode ter claro que fiz de tudo para entregar as obras. E grande parte das obras está sendo usada pela população, como o Viaduto do Despraiado, a trincheira do Zero Km. E a obra do VLT tem que ser concluída, na minha opinião, até porque trabalhei muito nisso”, afirmou Mauricio Guimarães.
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