O governo estadual deve apresentar nos próximos dias um plano de ação preliminar para retomada das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, paralisadas desde o final de 2014. O plano será apresentado no processo que tramita na Justiça Federal e terá como base o relatório elaborado pela consultoria KPMG sobre as obras do modal.

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“Esse plano preliminar será apresentado na Justiça Federal para fazer uma conciliação com o consórcio VLT Cuiabá. A nossa proposta terá o valor apontado pela KPMG. A partir daí, começa o processo de negociação com o consórcio. Não podemos afirmar que as obras serão retomadas. O que podemos garantir é que apresentaremos esse plano”, disse o secretário de Estado de Cidades, Eduardo Chilleto, ao Olhar Direto.

O valor recomendado pela KPMG para conclusão das obras do VLT é de R$ 1,668 bilhão, ou seja, R$ 191 milhões a mais que o contrato original, que foi assinado por R$ 1,477 bilhão em 2012. Apesar de a obra ter sido licitada no formato Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que não permite aditivos, os atrasos e o estouro do cronograma levaram o consórcio a fazer um pedido de reajuste do contrato, que subiria para R$ 2,2 bilhões. O governador Pedro Taques (PSDB) já descartou pagar esse valor.

O governo avalia recorrer a uma Parceria Público-Privada (PPP) para operar o modal. Porém, para a construção, essa saída não deve ser adotada, e a ideia é negociar com o consórcio VLT Cuiabá a conclusão das obras. No total, o governo já pagou R$ 1,066 bilhão ao consórcio. Os detalhes do relatório da KPMG serão apresentados à imprensa nesta quinta-feira (7). A consultoria custou R$ 3,8 milhões, e esse valor deve ser descontado dos pagamentos a serem feitos ao consórcio construtor.