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relatório da KPMG

Governo precisa pagar R$ 37,5 mi por ano para manter preço da tarifa do VLT igual a de ônibus

07 Abr 2016 - 15:05

Da Redação - Patrícia Neves/ Da Reportagem Local - Laíse Lucatelli

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Governo precisa pagar R$ 37,5 mi por ano para manter preço da tarifa do VLT igual a de ônibus
Relatório de consultoria da empresa KPMG aponta que a tarifa  de integração do ônibus  com o VLT seria de R$ 1,36. Já a passagem para poder transitar poderia ter o mesmo valor que o cobrado no transporte coletivo, que hoje é de R$ 3,60. 


No entanto, os valores  somente poderão ser colocados em prática com subsídio do Governo do Estado, que deve girar em torno de R$ 37,5 milhões/ano como forma de garantir a viablidade da operação do modal. Os dados são apresentados na tarde de hoje, 7, pelo governo do Estado.

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Segundo os secretários Eduardo Chiletto (Cidades), Gustavo de Oliveira (Assuntos Estratégicos) e Ciro Gonçalves (Controladoria Geral), o plano é empregar um valor de igual ou pouco maior do que as praticadas pelo transporte coletivo urbano.  Para o cálculo foram considerados valores praticados na atualidade. Os valores serão adotados a partir de 2018. 

A projeção é que o sejam necessários R$ 84,7 milhões por ano para que o VLT funcione, dos quais R$ 51,2 milhões viriam da tarifa, de modo que o valor restante seria subsidiado pelo governo. A projeção da KPMG mostra que o valor cairia pouco nos anos seguintes, chegando a R$ 35,5 milhões em 2047. 

A intenção do governo é firmar uma Parceria Público-Privada (PPP) para operar o modal. Considerando uma estimativa de mercado de 7% de lucro, a empresa ganharia R$ 5,7 milhões anuais. "O compromisso financeiro do Estado não acaba com a obra, dura por toda a concessão do VLT", destacou Gustavo. 

Relatório

Ao assumir  as obras deixadas pela gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Taques anunciou uma auditoria minuciosa nos contratos do VLT, assim como em todas das chamadas ‘Obras da Copa’. Diversas patologias foram identificadas durante este processo, desde a falta de projeto executivo a erros em viadutos e trincheiras. 
 
Por conta disto, o governador foi até a Justiça para tentar resolver as pendências e responsabilizar os culpados pelos erros grosseiros constatados. Na ocasião, o Consórcio VLT, responsável pela obra, pediu uma revisão contratual mesmo após já ter recebido mais de R$ 1 bilhão e ter conseguido vários acréscimos devido a correção monetária e cambial. Para finalizar os trabalhos, a empresa pediu mais R$ 400 milhões, além dos R$ 1,47 bilhão previstos, o que foi negado de imediato por Taques.
 
De lá para cá, a obra foi suspensa e não evoluiu. Apenas correções foram feitas em alguns viadutos e trincheiras. Os trilhos ficaram empacados e os vagões continuam a se deteriorar no Centro de Manutenções, localizado em Várzea Grande. A Justiça determinou que a execução do projeto seria interrompido até o fim de 2015, para que um estudo fosse realizado por uma empresa especializada, a KPMG.

Atualizada às 17h27.
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