Mato Grosso tem potencial para se transformar na Califórnia da América do Sul, detentor do maior Produto Interno Bruto (PIB) entre os estados do Brasil, caso siga o caminho certo, nas próximas décadas. O desafio foi dirigido ao governador José Pedro Taques (PSDB) pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) e pelos professores doutores Marcos Troyjo e Fernando Schüler.
 
Numa comparação hipotética, Troyjo lembrou que, em 1916, a Califórnia sustentava do extrativismo mineral e da pesca. E, hoje, 100 anos depois, possui o sexto PIB do mundo – atrás dos EUA, China, Japão, Alemanha e Rússia. “Mato Grosso possui totais condições de chegar nesse patamar. Por quê, não? Tem, sim!”, afirmou Marcos Troyjo, único brasileiro atualmente no corpo docente da Universidade de Columbia, em Nova Iorque (EUA), uma das mais conceituadas do mundo.
 
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“É provável que Mato Grosso seja o único Estado brasileiro com potencial adequado para se aproximar do que hoje é São Paulo. Seja por condição geográfica, no centro da América do Sul, seja pelas condições oferecidas em diferentes áreas, não apenas no agronegócio”,  afirmou  Fernando Schüler, ao afirmar que Pedro Taques é um dos governadores brasileiros com melhor visão sobre os novos formatos de parceria do poder público coma iniciativa privada.
 
O diretor da LIDE Mato Grosso, Pedro Neves, afirmou que confiança do empresariado no governador Pedro Taques deve-se, essencialmente, no grau de credibilidade e na sua defesa de colocar o Estado como indutor do desenvolvimento.
 
Pedro Taques citou que o Plano Estratégico de Desenvolvimento de Mato Grosso 2040, que traz as diretrizes estratégicas para os próximos 25 anos, há tempos é analisado por sua equipe. O plano incorpora cinco premissas fundamentais: educação e trabalho como indutores do desenvolvimento; governança em rede com transparência e participação cidadã; interiorização do desenvolvimento; qualidade e eficiência do gasto público e; diversidade humana e inclusão social.
 
Nas leis votadas pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso, principalmente  no Plano Plurianual 2016 - 2019 (PPA) e na Lei Orçamentária Anual 2016 (LOA), entre outros, já estão previstas estratégias de desenvolvimento.
 
“Nós não temos a cultura no poder público de fazer com que as coisas aconteçam de acordo com o que nós queremos. Temos a cultura apenas de apagar incêndios. Não é fácil mudar, porque o que nós queremos mudar é a nossa forma de ver a gestão pública, mas o governador Pedro Taques mudou  justamente isso: estabelecer metas, vislumbrar o futuro”, argumentou o secretário Marco Aurélio Marrafon, de Planejamento (Seplan), para a reportagem do Olhar Direto.
 
No governo, o Plano  de Desenvolvimento Estratégico é o ponto de partida para construir um novo Mato Grosso. “Nós construímos as bases, iniciamos um processo de mudança. O que nós podemos ver é que hoje Mato Grosso está indo no caminho oposto do curso que está a economia do Brasil. Mas para que possamos manter isso, precisamos racionalizar a gestão”, emendou Marrafon.