A suposta demora do prefeito Mauro Mendes (PSB) em decidir se é candidato à Prefeitura de Cuiabá estaria dificultando a atuação interna do governador José Pedro Taques (PSDB), em tentar evitar o surgimento de pré-candidaturas no ninho tucano.  “Como posso dizer que vou apoiar Mauro Mendes? Será que ele já disse que é [pré-]candidato?”, argumentou Pedro Taques, durante reunião com empresários no Palácio Paiaguás, nesta semana.
 
Diante da indefinição do principal aliado, Pedro Taques observou que não tem condições de colocar seu nome em discussão e, por conseqüência, evitar que surjam outras pré-candidaturas à Prefeitura de Cuiabá, em 2016, no PSDB. Nem mesmo a possível aliança com o PSB entrou na pauta de debates para os tucanos. “Crescem as correntes [internas] no partido que defendem candidatura própria em Cuiabá”, argumentou o chefe do Poder Executivo de Mato Grosso.  

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Pedro Taques ponderou que, por sua relevância e grandeza, o PSDB debate a possibilidade de chapa própria. “É um partido importante, que tem governador, um deputado federal e quatro estaduais”, sintetizou Taques, para reportagem do Olhar Direto, sobre a musculatura tucana.

Um dos principais defensores de candidatura própria do PSDB é o deputado estadual Wilson Santos, líder do governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Os tucanos têm como pré-candidatos os empresários João Dorileo Leal, dono do Grupo Gazeta de Comunicação;  Marcelo Maluf, grupo São Benedito; ex-prefeito Roberto França, apresentador do Programa Resumo do Dia; e  o vereador Maurélio Ribeiro. Também corre por fora o secretário-adjunto de Turismo do Estado, Luís carlos Nigro. O único que manifestou publicamente que, por enquanto, não tem interesse é Roberto França, que já foi duas vezes prefeito da Capital – 1997-2000 e 2001-2004.
 
Desde fins de 2014, o PSDB faz parte da administração Mauro Mendes, inclusive com indicação de cargos, com o secretário Municipal de Habitação, ex-vereador Paulo Borges Júnior.

Mauro Mendes anunciou que, até o mês de abril, anunciaria sua decisão sobre concorrer ou não à reeleição. Depois, alegando “questão de foro íntimo”, adiou o anúncio para junho.