A taxação das commodities em Mato Grosso deve ser a última alternativa adotada para aumentar a arrecadação do Estado. A tese é sustentada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), sobre o questionamento que toma conta de todos os rincões de Mato Grosso.
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O parlamentar falou sobre o assunto durante entrevista concedida a uma emissora local de televisão. Em sua avaliação, outras medidas podem ser tomadas para alcançar o equilíbrio econômico do Estado, como a promoção de um corte maior de cargos comissionados e gastos considerados desnecessários.
“O Governo do Estado já fez uma reforma administrativa, mas eu acredito que há a possibilidade de promover um enxugamento ainda mais severo”, disse.
Outras alternativas apontadas pelo deputado são a implantação de mecanismos para coibir a sonegação fiscal e a revisão da política de incentivos fiscais do Estado.
Levantamento realizado durante a CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal, em curso na Assembleia Legislativa, apontou que mais de R$ 1 bilhão foi sonegado no Estado desde 2003, quando foi criado o Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).
“Só depois dessas medidas e de outras que estão sendo estudadas, como a que o presidente interino Michel Temer vai apresentar, de uma moratória aos estados, é que sobraria essa opção de taxação das commodities”, reforçou Maluf.
A proposta de taxação das commodities está sendo discutida na Assembleia Legislativa como uma possível alternativa para ampliar a arrecadação do Estado, reduzindo os prejuízos causados pela crise econômica.