Chega a sete o número de escolas ocupadas nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e também na cidade de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. No final de semana, a Escola Estadual Rafael Rueda, instalada no bairro Pedra 90, foi ocupada pelos estudantes que se posicionam contrários à adoção do projeto de Parceria Público Privada (PPP). Para os alunos, essa seria uma estratégia para ‘privatização’ do ensino público. A mobilização ganhou força ao longo da última semana. 

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No total, Mato Grosso possui 750 escolas estaduais atendendo a 400 mil  alunos. Com o protesto, as aulas são suspensas e apenas oficinas são realizadas para promover a integração com a comunidade.
 
No interior do Estado, a Escola Estadual  Antônio Cristino  também é alvo do movimento ‘Primavera Secundarista’ e foi ocupada no final de semana. No total, foram ocupadas quatro escolas em Várzea Grande, uma na capital e duas no interior do Estado.
 
“A ocupação é uma forma organizada e pedagogicamente pacifica para chamar a atenção da comunidade escolar contra o processo de terceirização e de privatização promovida pelo Governo Taques e em defesa de uma escola pública de qualidade socialmente referenciada, voltada para os interesses da classe trabalhadora”, defende a Associação em nota encaminhada à imprensa no domingo, 29.

Eles exigem ainda a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar um esquema de leilões de licitações da Secretaria de Estado de Educação e Lazer (Seduc), que levou à prisão de três servidores da pasta e um empresário.  A ação foi batizada como ‘Rêmora’ e foi deflagrada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
 
Neste fim de semana, o secretário de Estado de Educação, Marco Marrafon, visitou a Escola Elmaz Gattas Monteiro, localizada em Várzea Grande. A visita foi pela manhã e representou o primeiro encontro entre o secretário de Estado e o grupo de estudantes contrários ao projeto proposto pelo Estado em que há cooperação entre os setores público e privado.
 
Durante a conversa com os alunos, Marco Marrafon tratou de esclarecer equívocos gerados após o anúncio da intenção do Governo do Estado em realizar a PPP na manutenção e construção de novas escolas estaduais.

Segundo o Governo, a medida ainda está em processo de discussão e antes de passar pelo debate com a sociedade, a proposta de parceria público privada contempla 76 escolas estaduais. São 31 construções de novos prédios, sendo que desses 11 funcionam atualmente em imóvel alugado e dessa forma, passariam a ter sede própria, e 20 seriam novas unidades. As reformas e/ou ampliação são propostas para 21 escolas e em outras 24 que já estão sendo em fase de conclusão de construção, o projeto é de que iniciativa privada faça a operacionalização, que inclui manutenção da infraestrutura. A proposta prevê ainda reforma de 13 e construção de dois Cefapros (Centro de Formação de Professores).