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OPERAÇÃO SANCTORUM

Vedoin e outro empresário são presos em Cuiabá acusados de superfaturamento na saúde de SP

02 Jun 2016 - 09:35

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Olhar Direto

Luiz Antônio Trevisan Vedoin, quando preso pela

Luiz Antônio Trevisan Vedoin, quando preso pela

A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (02) a “Operação Sanctorum”. Três mandados de prisão já foram cumpridos pela manhã, dois deles em Cuiabá, os de Ronildo Pereira de Medeiros e Luiz Antônio Trevisan Vedoin. Ambos também haviam sido presos, em 2006, por conta da “Operação Sanguessuga”. Gilmar Aparecido Alves Bernardes foi preso em Presidente Prudente (SP). Já em Presidente Venceslau (SP), buscas e apreensões foram feitas na Santa Casa, na residência e escritório do provedor do hospital, Antonio José Aldrighi dos Santos.


A “Operação Sanctorum” versa sobre compra superfaturada de equipamentos médico-hospitalares e esquemas de desvio de verbas oriundas de emendas parlamentares destinadas a hospitais beneficentes. 

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Procurado por Olhar Direto, a defesa do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, representada pelo advogado Valber Melo, que também defende o ex-governador Silval Barbosa, disse já estar ciente da prisão. Entretanto, não pode fornecer maiores detalhes, e também não pode afirmar se seu cliente será enviado para São Paulo, tampouco quais providências serão tomadas. 

Até o momento, a Polícia Civil apurou cerca de R$ 800 mil em compras de equipamentos, medicamentos e produtos hospitalares superfaturados, com notas fiscais emitidas por empresas de fachada, porém, ainda não há maiores esclarecimentos sobre como ocorreu o pagamento ao suposto provedor do esquema, Antonio José Aldrighi dos Santos, da Santa Casa de Presidente Venceslau. 

O que se tem, por enquanto, é a confirmação dos indícios pelo próprio empresário paulista, que confessou a existência de “um extenso esquema criminoso voltado a solapar o diminuto e sagrado patrimônio do Estado voltado ao precário sistema de saúde do Brasil, que tem como elo importante, as Santas Casas como integrantes do Sistema Único de Saúde”. A confissão foi feita em 26 de maio, na sede da Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade.

“As investigações apuraram que o grupo coopta provedores de hospitais filantrópicos, muitas vezes com a promessa de pagamento de vantagem indevida e, em seguida, com a liberação dos recursos, a mesma organização empresarial criminosa ingressa na venda dos produtos por meio de empresas 'fantasmas' registradas em nome de 'laranjas', com a venda de produtos em valor muito superior ao de mercado, isso quando efetivamente ocorre a entrega”, explicou Polícia Civil ao site G1.

Reunião para execução do esquema:

Ainda de acordo com os investigadores da Policia Civil, em 2012, "Ronildo Pereira de Medeiros, agindo com o cooptador para a área do Estado de São Paulo e Norte do Paraná, Gilmar Aparecido Alves Bernardes, realizaram uma reunião no Hotel Colúmbia, na cidade de São Paulo, em que participaram Antonio José Aldrighi dos Santos e outros vinte provedores de hospitais públicos e filantrópicos, quando então os provedores e diretores entregaram uma lista de equipamentos de interesse aos nosocômios, ao assessor do então deputado federal e líder do governo federal, à época, Cândido Elpídio de Souza Vaccarezza”.
 
Os participantes teriam saído da citada reunião sabendo que com a liberação das verbas, as compras deveriam ser feitas com empresas fantasmas. O que comprovaria ciência do esquema. A policia ainda destaca que a promessa inicial de recursos a serem desviados em nome da Santa Casa de Presidente Venceslau era de R$ 2,8 milhões, entretanto, a quantia se reduziu para os R$ 800 mil.
 
A Policia conclui: “Não bastasse as evidentes práticas de malversação dos fundos públicos, os integrantes da organização criminosa agem com o nítido pensamento de que as quantias destinadas aos hospitais filantrópicos lhes pertencessem, pelo que, ao que consta, passaram a promover ameaças de morte ao provedor da Santa Casa de Presidente Venceslau, tão logo souberam de que não ocorreria o pagamento inicial por conta daquele ato proveniente do Governo do Estado de São Paulo que, por motivos de saúde financeira e orçamentária, alterou a natureza das verbas incorporadas ao patrimônio estadual para exclusivamente custeio”.

* com informações de G1.
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