O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Julio Pinheiro (PTB), morreu nesta segunda-feira, 20 de junho. Ele deixa esposa e cinco filhos. Pinheiro estava internado no Hospital Santa Rosa desde o dia 3 de junho com quadro de infecção cardíaca e, depois, generalizada.
No dia 5 ele foi transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, no dia 6, passou por uma cirurgia cardíaca para retirar uma inflamação na artéria aorta, a principal responsável pelo bombeamento de sangue para o coração.
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Pinheiro era mantido sob observação e seu quadro evoluía, mas na madrugada de quarta-feira (15) voltou a piorar e uma junta medica foi criada para acompanhá-lo. O histórico de doenças como diabetes, ácido úrico e hipertensão podem ter pesado contra a recuperação do vereador.
A carreira política de Julio Pinheiro começou quando ele foi coordenador da campanha de Antônio Joaquim, atual presidente do Tribunal de Contas do Estado, a deputado federal em 1998. Em 2000 era filiado ao PSDB e foi candidato a vereador pela primeira vez. Apesar de ter somado mais de três mil votos, ficou na suplência. Como alguns titulares foram alçados a secretarias municipais, assumiu a vaga e atuou como vereador a maior parte do mandato e foi vice-líder do prefeito Roberto França (PSDB).
Filiado pelo PDT, em 2004 conseguiu se eleger titular. Em 2008, já pelo PTB, partido no qual continuou até morrer, voltou a ficar na suplência e novamente assumiu a titularidade, em decorrência da cassação de Ivan Evangelista (PPS), pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Entre 2010 e 2012 foi presidente da Câmara de Vereadores pela primeira vez.
Nas eleições de 2012 conquistou seu quarto mandato como vereador. Após cassação de João Emanuel galgou novamente a presidência da Câmara entre 2013/2014 e se reelegeu em para o biênio 2015/2016. A expectativa era que fosse candidato novamente e conseguisse uma das votações mais expressivas.
Figura caricata da política cuiabana, Júlio Pinheiro assumiu como prefeito várias vezes durante a gestão de Chico Galindo (PTB), entre 2010 e 2012, e também na gestão de Mauro Mendes (PSB), já que ambos não tinham vice – Galindo era vice de Wilson Santos (PSDB) e assumiu após o tucano renunciar ao mandato para concorrer ao Governo, enquanto o vice de Mendes, João Malheiros, renunciou para continuar como deputado estadual.
Como prefeito, assinou várias medidas impopulares, como aumento salarial de servidores comissionados, aumento da tarifa de transporte e assinou o contrato da privatização da Sanecap para a CAB Cuiabá. Era alvo de um processo judicial por ter aprovado suplementações orçamentárias para Chico Galindo sem terem acontecido sessões plenárias.
Também era destaque por sua postura fora do parlamente. Era fumante inveterado e assumiu ter problema com bebidas acoólicas após um caso de agressão contra a esposa, quando a feriu com um garfo de churrasco.
A assessoria da Câmara Municipal de Cuiabá informa que o velório será realizado na sede da Câmara Municipal com sepultamento previsto para às 17h no Cemitério da Piedade.
