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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Operação Nanos

Caixa 2 de Silval foi pago em dinheiro vivo; contador, empresário e articulador são alvos

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Caixa 2 de Silval foi pago em dinheiro vivo; contador, empresário e articulador são alvos
O pagamento de ‘caixa dois’, feito durante a campanha do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), para candidatos postulantes aos cargos de deputado estadual e federal em 2010 teriam sido feitos em dinheiro ‘vivo’, segundo a Polícia Federal. Ao todo, foram sete mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (16), pela operação Nanos, sendo que apenas um não foi cumprido. Eles foram expedidos contra um contador, empresário e o articulador do esquema, que teria movimentado R$ 500 mil.


Leia mais:
Zilio denuncia que Wanderley da Trimec era responsável por operar ‘caixa dois’ de Silval em 2010
 
“Nós temos a informação de que o pagamento do ‘caixa dois’ era feito em dinheiro vivo para os ex-candidatos”, disse o delegado Cristiano Nascimento dos Santos, responsável pela operação. Apenas um dos sete mandados não foi cumprido nesta quinta-feira (16), quando foi deflagrada a operação ‘Nanos’.
 
Segundo o delegado, o mandado que não cumprido era para a residência de uma pessoa que estava envolvida com a parte contábil do esquema. Isso porque ele teria mudado de endereço e no novo local não havia quem autorizasse a entrada dos policiais. O crime de ocultação de despesas também está sendo investigado nesta operação.
 
Os mandados expedidos pela Justiça foram em desfavor dos seguintes membros do esquema que ocupavam função de: contador; articulador da distribuição dos recursos (dois mandados); integrante de cargo público na estrutura do Estado, à época (que teria conhecimento do modus operandi deste crime); empresário responsável por conseguir levantar o dinheiro (Wanderley da Trimec); empresa que daria suporte ao esquema (por meio de contratos de serviços inexistentes) e escritório de contabilidade (apontado como envolvido nos fatos).
 
Envolvimento de Wanderley
 
O ex-secretário de Estado de Administração, César Zilio, denunciou que o empresário Wanderley Torres, dono Trimec, seria o responsável por operar o esquema de ‘caixa dois’ na campanha do ex-governador Silval Barbosa, no ano de 2010. A construtora e a residência de Zilio foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (16), quando foi deflagrada a operação ‘Nanos’, que investiga crime eleitoral envolvendo os partidos da chamada ‘Frentinha’.
 
Operação
 
A Polícia Federal deflagrou, na quinta-feira (16), a Operação Nanos, para investigar o "caixa dois" de partidos políticos que apoiaram o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) nas eleições de 2010. Segundo as investigações, sete partidos que formaram a chamada "Frentinha" receberam recursos não declarados fornecidos pela campanha da Silval, abastecendo o "caixa dois" dessa coligação.
 
Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Cuiabá, sendo cinco em residências e dois em endereços comerciais. Entre os alvos, está o ex-secretário de Estado de Administração César Zilio. A PF cumpriu busca em sua casa no condomínio Florais dos Lagos. A operação teria relação com o esquema de propina delatado pelo ex-secretário em sua colaboração premiada na Operação Sodoma, da Polícia Civil.
 
Nanos
 
A PF informou que a palavra Nanos, de origem grega, tem o significado literal de pequeno ou pequenino e foi escolhida para batizar a operação como referência ou alusão aos assim denominados partidos nanincos que se beneficiaram do citado esquema de caixa dois.
 
Apesar da pouca representatividade em Mato Grosso, nem todos os partidos investigados são de fato nanicos, pois elegeram parlamentares no Congresso Nacional.  

Outro lado 

O único partido a se manifestar até o momento foi o PC do B. Confira abaixo a íntegra do pronunciamento.

Em defesa de nossa grande história!
 
O Partido Comunista do Brasil recebeu com perplexidade e indignação a notícia de seu suposto envolvimento na operação que busca elucidar um possível caixa 2 nas eleições de 2010 em Mato Grosso.
 
A denominada operação Nanos, divulgada pela imprensa nessa quinta-feira, 16 de junho, na visão dos comunistas de Mato Grosso serve mais para provocar danos à imagem dos pequenos partidos e em particular nos comunistas que sempre estão na linha de frente das lutas sociais, do que efetivamente elucidar as práticas errôneas no jogo eleitoral.
 
No alto de seus 94 anos de existência, o PCdoB sempre prezou pela idoneidade na sua ação política, sempre atento às normas da legislação eleitoral nas disputas em que participa.
 
O partido comunista têm suas prestações de contas anotadas junto à justiça eleitoral, com relação de doadores e destinação que, diga-se de passagem, sempre envolvem uma quantidade ínfima de recursos, justificadas pelo perfil ideológico de sua corrente de pensamento.
 
O PCdoB recorrerá à justiça para que esta denúncia seja devidamente apurada e não medirá esforços para repor a verdade preservando sua história e sua integridade.
 
Cuiabá, 16 de junho de 2016
Comissão Política Estadual do Partido Comunista do Brasil – PCdoB/MT
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