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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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divisor de águas

Após votação da RGA, Pedro Taques sabe com quem pode contar para formar seu grupo político, diz Wilson

Foto: Marcos Lopes/ALMT

O líder Wilson Santos hoje conta  17 deputados na base

O líder Wilson Santos hoje conta 17 deputados na base

O líder do governo na Assembleia Legislativa, Wilson Santos (PSDB), avalia que a aprovação da lei da Revisão Geral Anual (RGA) 2016, concluída esta semana, serviu como um “divisor de águas” para o governador Pedro Taques (PSDB) começar a consolidar sua base de sustentação no parlamento. De acordo com o tucano, hoje há 17 deputados estaduais com quem o governador pode contar na Assembleia e para projetos políticos futuros.


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“O governador Pedro Taques não tem grupo político porque furou fila. Em quatro anos ele se elegeu senador e governador, os cargos mais desejados. Está na política há apenas 5 anos e meio. É pouco para formar um grupo político. Pedro Taques está no processo de formação de um grupo político. A votação da RGA foi um divisor de águas e agora há clareza absoluta de com quem o governador pode contar no parlamento”, declarou Wilson à imprensa, na manhã desta sexta-feira (1º).

Na conta da nova base aliada, entram os 15 que votaram com o governo no projeto da RGA –incluindo Rmoaldo Junior (PMDB) que participou apenas da primeira votação e Guilherme Maluf (PSDB) que vota apenas em caso de empate –, além de Leonardo Albuquerque (PSD) e Wancley Carvalho (PV). Os dois tiveram autorização de Wilson para votar contra o projeto, por suas origens no serviço público e o compromisso com suas bases – o primeiro é médico e o segundo escrivão de polícia civil.

“Temos 15 deputados que ficaram claramente ao lado do governo em qualquer situação. E outros dois, doutor Leonardo e Wancley, que votaram 100% com o governo, exceto no RGA. Os dois foram eleitos com Taques. Como líder, eu os autorizei a votar contra o RGA. Assumo a responsabilidade por esses dois votos”, afirmou o líder.

Wilson, que até o início desta semana costumava afirmar que o governo contava com 21 votos em sua base – deixando de fora dessa conta apenas Janaina Riva (PMDB), Emanuel Pinheiro (PMDB) e Zeca Viana (PDT) – agora já admite que a base é mutável de acordo com o tema em debate, e garantiu respeitar essas diferenças em assuntos que são bandeiras de cada parlamentar.

Com o redesenho da base aliada observado por Wilson, ficam de fora, nesse momento, Sebastião Rezende (PSC), Pery Taborelli (PSC), Silvano Amaral (PMDB) e Zé do Pátio (SD). Desses, apenas Taborelli se elegeu na coligação de Taques. E apesar do discurso de divisor de águas, Wilson garante que nenhum dos votos contrários foi surpresa para ele.  

“Zé do Pátio tem independência e nunca pertenceu à base, apesar de apoiar o governo em muitas questões. Silvano é do PMDB, ao lado de Emanuel e Janaina. Quanto ao Taborelli, eu vou ser sincero: nunca liberei o voto dele; foi uma posição independente”, disse, lembrando que Taborelli é servidor público estadual, hoje coronel da Polícia Militar reformado.

“Sebastião Rezende também foi eleito fora da base, pelo PR. O voto dele não foi surpresa, mas discordei de ele ter votado contra a RGA na CCJ, que é uma comissão para analisar a constitucionalidade e a legalidade das matérias, e estava tudo perfeitamente legal no projeto. O voto de mérito, se ele é contra ou a favor do texto, tem que ser dado em plenário, e não na CCJ”, criticou.

Além disso, os dois deputados que formam a bancada do PSC devem disputar as prefeituras de seus municípios contra candidatos que contarão com apoio de Taques, de modo que uma eventual reaproximação, se houver, deve ocorrer somente após as eleições de outubro deste ano. Sebastião Rezende lançou sua pré-candidatura em Rondonópolis, onde o senador José Medeiros (PSD) deve concorrer com apoio do governo, enquanto Taborelli se prepara para disputar contra a reeleição de Lucimar Campos (DEM) em Várzea Grande.

Apesar de contar 17 deputados como base consolidada, Wilson afirma que não vai dispensar os votos dos outros parlamentares. “Há matérias em que teremos 24 votos, como já aconteceu em projetos importantes que foram aprovados por unanimidade. Mas é claro que o RGA foi um divisor de águas. Para mim ficou claro que se iniciou um processo de formação de um grupo político. Mas não há movimento para exclusão de nenhum deputado”, afirmou. 
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