Antes de encaminhar o projeto da segunda reforma administrativa da gestão Pedro Taques (PSDB) à Assembleia Legislativa, o governo deve reunir os 17 deputados estaduais de sua base de sustentação para apresentar o texto. Segundo o líder do governo na Assembleia, Wilson Santos (PSDB), esse momento servirá para tirar dúvidas dos deputados e receber sugestões.
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“Primeiro vamos conhecer a reforma lá no Palácio Paiaguás. O governo vai apresentar o anteprojeto, submeter aos nossos questionamentos e, com certeza, aperfeiçoar a proposta. Ela virá à Assembleia só depois de submetida a sua base parlamentar”, disse o tucano, sem adiantar a data que essa reunião deve ser realizada.
Com isso, a votação da reforma deve ficar para o segundo semestre deste ano. O grande objetivo das mudanças, segundo o governo, é enxugar a máquina governamental e reduzir custos. Devem ser extintas empresas públicas como a Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás) e a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat). A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) deve se tornar uma secretaria adjunta.
Devem ser desativados também os gabinetes de Desenvolvimento Regional, comandado por Eduardo Moura, e o gabinete de Assuntos Estratégicos, que até a semana passada era chefiado por Gustavo de Oliveira. O secretário, inclusive, já foi remanejado para o comando da Secretaria de Planejamento (Seplan).
Novas estruturas
Por outro lado, o governador já anunciou a criação do Gabinete de Articulação Política, para fazer o papel de representação institucional que hoje cabe à Casa Civil. A reforma também vai fortalecer a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager), para assumir a fiscalização das Parcerias Público-Privadas (PPP), que é uma das prioridades da gestão Pedro Taques.
Além da reforma as estruturas administrativas, Pedro Taques prepara também uma reforma no secretariado, que deve ter um aspecto mais político a partir do segundo semestre. Pelo menos dois deputados estaduais devem assumir pastas, conforme adiantou Wilson Santos, sem citar nomes. Um dos cotados é Max Russi (PSB), que foi indicado pela bancada do partido.
Da bancada federal, o deputado Fábio Garcia (PSB) foi convidado para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), porém, recusou, alegando ter compromisso com os candidatos do PSB nos municípios nas eleições deste ano. O ex-presidente da Aprosoja, Ricardo Tomzyck, acabou assumindo a pasta.