Na tentativa de amenizar os prejuízos causados pelo déficit de delegados no combate ao crime no Estado, a Polícia Judiciária Civil (PJC), solicitou o remanejamento de um dos profissionais cedidos ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO). No entanto, o Conselho Superior de Polícia Judiciária Civil (CSP), em reunião na manhã desta terça-feira (05.06), decidiu manter os dois delegados cedidos,
Wylton Massao Ohara e Carlos Américo Marche, no órgão.
De acordo com o delegado geral da PJC, Adriano Peralta Moraes, a decisão foi tamoda pelo fato de a instituição entender a importância do trabalho desempenhado pelos membros da Polícia Civil no órgão. “Houve um pedido do próprio Gaeco para manter os delegados e entendemos pela necessidade”, disse.
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No total, outros nove delegados estão cedidos a diferentes órgãos, como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), onde estão lotados os Arnon Osny Mendes Lucas e Fernando Martin Lopes. Já no Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), um dos que ocupam cargos comissionados é o delegado Fausto Freitas, atual presidente da instituição, além do próprio secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas.
Segundo a Polícia Civil, além dos cedidos, existem 235 delegados ativos, sendo que cinco estão licenciados, 11 em férias e dois afastados. De acordo com a assessoria da instituição, mesmo diante do déficit enfrentado em todo Mato Grosso, este é o único pedido previsto até o momento, uma vez que não é possível retirar os demais delegados das funções que exercem atualmente.
Para discutir a situação, o deputado estadual e vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, Emanuel Pinheiro, convocou o diretor geral da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC/MT), Adriano Peralta, a prestar esclarecimentos ao Legislativo. No encontro também será avaliado o momento de insegurança e aumento da criminalidade no Estado e apresentadas às ações de combate aos criminosos.
O Parlamentar, que tem defendido a convocação da Força Nacional de Segurança para atuar no estado, destacou o desempenho dos profissionais no combate a corrupção. “Estes profissionais vêm desempenhando um trabalho, no combate a corrupção e ao crime organizado, digno de reconhecimento dentro do Ministério Público do Estado (MPE), para toda sociedade. O que queremos saber é se outros delegados cedidos também serão remanejados ou se isso se trata de uma ação isolada”, disse.