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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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OPERAÇÃO MERCENÁRIOS

Rogers Jarbas nega morosidade em investigação de suspeitos de extermínio e justifica que IPM é diferente de civil

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Rogers Jarbas, titular da SESP, explica que investigações seguem ritmo normal

Rogers Jarbas, titular da SESP, explica que investigações seguem ritmo normal

Garantindo que acompanha o caso passo a passo, o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Elizandro Jarbas, afirmou que as investigações sobre um grupo de pistolagem que contava com a presença de policiais caminham de acordo como o esperado e negou que haja morosidade. Ele explicou que, no caso dos militares, existem dois inquéritos: um instalado pela Delegacia de Homicídios (DHPP) e outro, com formato diferenciado, que é o Inquérito Policial Militar (IPM), executado pela Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso, ambos na Operação Mercenários.

 
“São ações diferenciadas. O IPM da Policia Militar é diferente da questão criminal. O tempo deles [da Corregedoria da PM], na apuração, é maior em relação ao processo criminal”, observou ele. São sete militares investigados na Operação Mercenários, suspeitos de cometerem dezenas de homicídios – chamados crimes de encomenda, principalmente em Várzea Grande, nos últimos anos.

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“Com réu preso, a celeridade do processo é maior. Mas quem está solto [um policial conseguiu liberdade] não significa que não será responsabilizado. Claro, mediante o direito à ampla defesa e ao contraditório. Não podemos antecipar a condenação de ninguém”, argumentou o titular da SESP.
 
Independente do que pensa a sociedade, com a libertação de um suspeito, as investigações prosseguem. “De fato, um dos que foram presos, acabou colocado em liberdade, mas a investigação não foi totalmente concluída, ainda”, citou Rogers Jarbas, que é delegado da Polícia Judiciária Civil e está secretário de Segurança.
 
“Porque a investigação não concluiu? Exige-se uma série de exames periciais, que estão sob a competência da Politec [Perícia e Identificação Técnica]. E, assim que forem concluídos, nós temos condições de divulgar o resultado final”, pontuou o secretário de Segurança.
 
“Mas não tem previsão de quanto tempo leva [para conclusão dos inquéritos], porque existem homicídios em que o exame de necropsia tem de confrontar com balística e mais elementos testemunhais. É um inquérito muito complexo”, avaliou Rogers Jarbas.
 
No entanto, Elizandro Jarbas avalia que a principal mensagem foi enviada à sociedade, com a Operação Mercenários: não há impunidade. “Independente da função ou da profissão, praticando um ato criminoso, você vai ser responsabilizado, pouco importa a condição de quem está praticando este crime. Esta é a ótica do Estado”, completou o titular da SESP, que assumiu a pasta em maio.

Entenda o caso

Em 26 de abril, a SESP deflagrou a Operação Mercenários, com a prisão temporária e preventiva de 17 suspeitos de integrarem uma organização criminosa que matava pessoas por encomenda e mediante pagamento.
 
As investigações apontam que o grupo seria suspeito de autoria de mais de 60 execuções em Várzea Grande.
 Entre os presos, se encontravam seis policiais militares, seis vigilantes, dois informantes, dois homens identificados como mandantes e um apontado como intermediário entre o grupo e os contratantes. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Justiça de Várzea Grande.
 
Na época, com os suspeitos foram apreendidas armas (espingardas calibre 12, pistolas nove milímetros, revólveres) e 600 munições, além de balaclavas, coletes balísticos, placas de veículos, luvas, roupas camufladas e uniformes da PM.
 
As investigações vinham ocorrendo desde o segundo semestre de 2015 por uma força-tarefa constituída pela SESP para apurar casos de homicídio com características semelhantes e consideradas de “alta complexidade”.
 
O trabalho, chefiado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que a motivação era meramente financeira e as vítimas não estavam necessariamente vinculadas a crimes.
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