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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Contra violência

Fenaj repudia agressões contra jornalistas e cobrará providências da Sesp

Foto: Reprodução

Fenaj repudia agressões contra jornalistas e cobrará providências da Sesp
Em defesa dos profissionais agredidos ao longo da cobertura de uma ação da Polícia Militar (PM), que terminou com a morte do investigado por tráfico de armas André Luiz Oliveira, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), cobrará providências da Secretaria de Estado de Segurança (Sesp). Diante da repercussão dos casos, a Federação expressou repúdio pelos atos de violência cometidos contra os repórteres fotográficos e afirmou não haver nenhuma alegação que justifique o impedimento do exercício profissional da categoria.


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“Lamentamos os casos, e faremos a denúncia pública. O agravante aqui é que as agressões foram cometidas por policiais, que deveriam garantir a ordem e o direito do profissional de exercer seu ofício. Isso mostra um total despreparo, inclusive para lidar com garantias constitucionais, como a do trabalho e liberdade de imprensa”, criticou a vice-presidente, e presidente eleita da instituição, Maria José Braga.

Ao Olhar Direto, ela disse que a situação, assim como outras semelhantes que se repetem pelo país, será denunciada por meio de matérias e boletins a entidades nacionais e internacionais. A vice-presidente explica ainda que agora cabe ao Sindicato do Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor - MT), oferecer assessoria jurídica às vítimas e que, embora o Sindicato ainda não tenha procurado pela Federação, uma nota oficial de repúdio será feita.

As ocorrências também integrarão um relatório anual da Fenaj, no qual os casos de agressões contra profissionais são contabilizados. De acordo com o documento, no Brasil, as Forças de Segurança são as maiores responsáveis pelo cerceamento da profissão com longo histórico de agressões contra a categoria. No ano passado o levantamento registrou 49 casos de agressão, 28 de ameaças e 13 de impedimento do exercício da profissional. Destes, dois pertencem a Mato Grosso.

Na tarde de quarta-feira (3), o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor/MT), também manifestou repúdio à ação dos policiais militares responsáveis pelos atos de violência. “O Sindjor solicita, ainda, que o governador Pedro Taques proporcione à Sesp/MT cursos de aprimoramento às polícias Militar e Judiciária Civil, para que o trato com os profissionais da Imprensa, bem como todos os cidadãos de Mato Grosso, seja sempre de respeito e cuidado. Esse é o papel do Estado” diz trecho da nota.

Os casos

O repórter fotográfico Rogério Florentino, do Olhar Direto, foi agredido com um soco no rosto durante a ocorrência policial, na tarde de terça (2), no bairro CPA III. O profissional respeitava o limite de espaço determinado pela polícia e foi agredido por mais de uma vez por estar filmando o trabalho dos PMs.

Na ocasião, o soldado Elcio Ramos Leite havia sido assassinado em um confronto com o suspeito de venda de armas, André Luiz de Oliveira, de 27 anos. O crime deu início a uma operação policial para a captura do acusado, terminando com sua morte algumas horas depois.

Marcus Mesquita, do MidiaNews, foi ameaçado por um grupo de policiais à paisana na tarde de quarta-feira (3), durante o velório do policial. Após registrar algumas imagens do velório, ele foi abordado por um grupo de policiais, que tentaram tomar seu equipamento fotográfico. As cenas foram presenciadas pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Elizandro Jarbas.
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