Após 67 dias de protestos,os professores da Universidade do Estado de Mato Grosso retomam as atividades na próxima segunda-feira, 8 de agosto.
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Segundo a assessoria da Associação dos Docentes de Mato Grosso (Adunemat), votaram 470 docentes, sendo: 278 votos pela suspensão da greve, 165 pela manutenção e 27 abstenções. Ainda conforme assessoria, a direção do sindicato se reunirá com a reitoria da instituição para indicar os nomes que irão compor a comissão para elaboração de novo calendário acadêmico que deverá ser publicado no início da próxima semana.
Um dos assuntos que será colocado em pauta trata-se quanto a situação dos contratos dos professores interinos, especialmente os casos nos quais houve atraso no pagamento dos salários.
Em nota, a Associação cita que “compreende que a greve é um movimento fundamental para a luta pelos direitos dos servidores públicos, hoje seriamente ameaçados pela política do Governo Pedro Taques e de Michel Temer, presidente interino. Por essa razão, a suspensão da greve não significa a aceitação ou resignação com a política de desmonte do Estado patrocinado pelo Governo autoritário de Taques, tampouco a naturalização do desrespeito aos estudantes e profissionais da educação superior”.
Todas as medidas vêm sendo implementadas pelo Governo Taques, menos a que se refere à vedação de programas de benefícios e incentivos fiscais que, em 2017 terá um crescimento exponencial através das concessões feitas para garantir os privilégios dos setores econômicos, antes da aprovação do PL. A greve evidenciou aos servidores públicos, a gravidade da situação e a necessidade de construir estratégias que potencializem a mobilização de amplos setores da classe trabalhadora para os enfrentamentos compatíveis com a magnitude das ameaças em curso.
Asseguram que a greve foi suspensa como estratégia de ampliar o diálogo com a comunidade acadêmica, assim como ampliar a pauta para além das reivindicações mais corporativas.