Duas pessoas foram detidas por volta das 8h30 da manhã desta quarta-feira (17) distribuindo panfletos apócrifos (com autor desconhecido) com informações que denegriam o Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Antônio Joaquim Moraes. O fato se deu no cruzamento da Avenida Mato Grosso e a Avenida Tenente Coronel Duarte, a ‘Prainha’.
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Jornalistas são presos em flagrante após tentativa de extorsão contra conselheiro do TCE
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência n°259326, Adriana Conceição Ojeda e Severino Frutuoso estavam entregando os panfletos quando foram surpreendidos pelo subtenente da Polícia Militar, Damásio, lotado no TCE. Ele solicitou apoio das guarnições da Polícia Militar para deter os suspeitos.
Em setembro de 2015, dois jornalistas, responsáveis pelas publicações “Página 12” e “O Mato Grosso” foram presos acusados de tentativa de extorsão e estelionato ao conselheiro. De acordo com o advogado de Antônio Joaquim, Dr. José Rosa, o apócrifo distribuído hoje continha as mesmas acusações das publicações de 2015.
“São as mesmas acusações que o conselheiro sofreu no ano passado. Coisas requentadas que foram publicadas neste panfleto, com o nome de ‘O escrevente’. A diferença é que agora é um apócrifo, ou seja, não tinha o nome do autor. Então, os responsáveis, além de responderem por organização criminosa, podem também responder por falsidade ideológica”, disse, em entrevista ao Olhar Direto.
Segundo o advogado e o B.O., as duas pessoas que estavam fazendo a distribuição do panfleto já foram detidas, e por meio delas eles conseguiram chegar a um terceiro nome. “Fomos também até o local onde estavam as publicações, e vamos encontrar os mandantes para que sejam responsabilizados”, afirmou.
Dr. José Rosa ainda explicou que esta é a terceira vez que os panfletos são distribuídos neste ano. “Eles sempre agem da mesma forma, chegam ao cruzamento por volta de 7h, 7h30, ficam distribuindo por dez minutos e depois saem correndo. Queríamos pegar em flagrante e hoje conseguimos”.
O Conselheiro do TCE, Antônio Joaquim, foi procurado pela reportagem, mas preferiu não dar declarações.
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Olhar Direto, o jornalista Pedro Ribeiro, proprietário do Jornal Página 12 afirmou que não possui nenhum tipo de ligação com o material apreendido. Ele garantiu que o endereço citado pelos entregadores à polícia, na verdade, pertence a um bacharel do curso de Direito.
"Não estou afirmando que foi ele. Só estou esclarecendo que o endereço pertence a um bacharel em Direito". Ele ainda reafirmou que seu veículo de comunicação foi vítima de uma armação em 2015 e assevera: "mais uma vez não tenho nada com isso”.
Atualizada 18h55