O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PMDB) não vai aceitar calado a tentativa de adversários de colarem sua imagem na do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que está preso desde setembro de 2015, em decorrência da operação Sodoma, que investiga um esquema de cobranças de propina na administração estadual.

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Correligionário de Barbosa, Pinheiro lembra que se filiou ao PMDB após o término do mandato do antigo governador, na janela partidária deste ano, inclusive após a prisão do antigo chefe do Executivo. O candidato a prefeito de Cuiabá ainda lembrou que parte da bancada que hoje sustenta a gestão Pedro Taques, foi de situação durante o governo Silval. “Cada um tem seu CPF, seu endereço, a sua vida e cada um responde pelos seus atos. Eu respondo pelo meus”.
 
“Metade da bancada que é base de Pedro Taques hoje era base de Silval Barbosa. Então você é base às propostas que são encaminhadas à Assembleia, à uma ação de governo, então eu estou nessa mesma linha da maioria dos deputados que hoje formam metade da base aliada do Pedro Taques. Aquelas propostas que eram boas para o Estado, eu votei favorável. Como o VLT, votei e defendi. Naquele momento elogiei porque merecia ser elogiado e eu quero o melhor para a minha população”.
 
O peemedebista afirma que assim como votou favorável aos projetos de Silval que achava pertinente, também comprou brigas contra o peemedebista. “Aquelas [propostas] que eu entedia contrário, eu era contra e votava contra, como foi por exemplo a lei que derrubou a Agecopa, lei do Emanuel Pinheiro contra o governo Silval Barbosa. A lei foi minha. Vocês não lembram a minha luta histórica com a Ager? Contra silval Barbosa. As pessoas esquecem, mas é só buscar ai que vocês vão ver que a minha postura no período do governop dele é a mesma agora do governo Pedro Taques. Votei 80% dos projetos do governo Pedro Taques favorável porque eu entendi favorável, bom para o Estado e bom para a população”.
 
Bastidores do fim da Agecopa
 
Pinheiro afirma que peitou a gestão Silval quando encabeçou a extinção da Agecopa, que deu lugar a Secopa. De acordo com ele, o próprio Silval Barbosa o chamou em um momento nos bastidores para pedir que ele recuasse da proposta.
 
“Ninguém tinha coragem. A Agecopa era uma autarquia que não tinha cabeça, que não tinha líder, todos mandavam, as obras não saiam do papel e eu sempre disse que a minha maior preocupação para a minha região, para Cuiabá, era o legado da copa”, lembra. “Na época, o governador Silval Barbosa quase morreu, me chamou lá, me pediu para não fazer isso”.
 
“Ele foi contra, tanto é que ele não mandou a lei, a lei foi minha, pode olhar lá. A lei que extinguiu a Agecopa é do deputado Emanuel Pinheiro e Valter Rabello. Valter pediu pra assinar junto comigo, pode olhar nos anais, lá. Depois que nós fizemos a lei, ele [Silval Barbosa] foi pressionado para não vetar ai, depois ele mandou uma lei remodelando, melhorando a estrutura, mas a lei é nossa e ele não queria, porque ele estava muito bem atendido naquele sistema politicamente”.
 
Quem roubou, que pague
 
Emanuel tenta se distanciar de Silval e afirma que quem cometeu desvios na administração pública tem de respoder pelos seus crimes. “Quem supostamente roubou que pague pelos seus erros ou que prove o contrário. Se provar o contrário, certo, que tenha o devido processo legal. Até como advogado, eu tenho essa natureza. Se for comprovado que roubou, que seja preso por ter lesado o dinheiro público. Eu nada tenho a ver com isso, eu respondo pelos meus atos, pergunta de Emanuel Pinheiro que eu te respondo, agora, de Silval Barbosa, de Bezerra, de Pedro, João, Mané, cada um tem seu CPF, seu endereço, a sua vida e cada um responde pelos seus atos. Eu respondo pelo meus”.