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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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Suspeita de Motivação Passional

Acusado de matar e queimar corpo de empresário fugiu com filho e esposa grávida

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto/Reprodução

Acusado de matar e queimar corpo de empresário fugiu com filho e esposa grávida
Luiz Aquino Pavão, 32 anos é apontado como o principal suspeito de assassinar e queimar o corpo do empresário Fernando Barbosa dos Reis, de 55 anos, que desapareceu no dia 04 de agosto deste ano. A delegada da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), Juliana Chiquito Palhares, disse ao Olhar Direto não ter dúvidas sobre o autor do crime. O homem, que teve mandado de prisão decretada, fugiu com a esposa grávida e o filho para outro estado. Uma das linhas de investigação aponta que a motivação pode ter sido passional.

 
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“Imagens de câmeras de segurança mostraram o empresário entrando em um Siena, de cor preta. Nós buscamos informações sobre o veículo e encontramos o dono. Ele revelou para nós que havia emprestado o automóvel para o Luiz Aquino, que o pegou na quarta-feira (04) e devolveu na quinta-feira (05), no início do dia. O que comprova ainda mais que o acusado foi o último a estar com o Fernando”, disse a delegada.
 
Conforme a delegada, foram buscadas informações sobre o suspeito e ele não foi encontrado em nenhum local (residência ou trabalho). Um familiar foi quem informou que ele havia viajado, quatro dias depois de o empresário desaparecer. “Um sobrinho dele nos informou que o Luiz estava com medo de ser preso”.
 
Para a polícia, Luiz contou que havia dado apenas uma carona para o empresário. “Quem faz só isso não sai desesperadamente de Cuiabá com mulher grávida, abandonando emprego e escola do filho. Se tivesse só dado uma carona, no mesmo dia ele seria o primeiro a ligar, procurar a delegacia e dizer que deu carona e o deixou em tal local”, explica a delegada.
 
“Temos a convicção de que ele tem envolvimento no desaparecimento e morte do Fernando, além da ocultação do cadáver. O Luiz foi vizinho do Fernando por quatro anos, ele era conhecido no bairro, tinha diversas amizades e era muito querido por lá”, contou a delegada à reportagem. Ela ainda relatou que a motivação pode ter sido passional.
 
No primeiro instante, a polícia pensou que o corpo havia sido carbonizado não intencionalmente: “Achávamos que o corpo tinha sido jogado e depois a mata havia pegado fogo. Porém, exames apontaram que uma substância foi utilizada para queimar o corpo do empresário. A gravidade dos fatos ficou ainda mais evidenciada”.
 
Foi decretada a prisão temporária de Luiz Aquino, mas ele já havia deixado o estado com a família: “Ele mandou um advogado nos procurar e disse que não iria se apresentar, que tentaria derrubar o mandado de prisão. Todos os esforços para prendê-lo foram iniciados. Provavelmente estão em outro estado, eles são naturais do estado do Maranhão. Temos a informação de que a mulher dele esteja lá, está grávida e com a mãe adoentada. Vamos ouvi-la, já estamos preparando uma carta precatória para colher o depoimento. Gostaria muito de fazer pessoalmente este interrogatório, mas é um pouco complicado”.
 
“Há um questionamento se ele fez isto sozinho ou se teve ajuda. A família contou que Fernando utilizava óculos, era forte e alto, além de conhecer algumas artes marciais. Porém, sem os óculos ele tinha certa vulnerabilidade. Há uma remota possibilidade do acusado ter feito isto sozinho, mas não descartamos nenhuma possibilidade em relação a co-autoria”, comenta a delegada.
 
O caso
 
O corpo do empresário Fernando Barbosa dos Reis, de 55 anos, desaparecido desde a manhã de quinta-feira (4), no bairro São Gonçalo, em Cuiabá, foi localizado no dia 05 de agosto, na Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro.  Ele saiu para caminhar na manhã de quinta-feira (4), como fazia todos os dias.
 
A vítima morreu com traumatismo craniano, decorrente de golpes com um objeto contundente na região occipital da cabeça. Exames apontaram que a carbonização do corpo foi feito com ele já morto. “Farei a qualificação indireta, vou pedir a prisão preventiva e daremos sequência no inquérito”, finalizou a delegada.
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