O sargento da Polícia Militar C.N., 40 anos, acusado de invadir armado a passagem de som da cantora Maria Rita e ameaçar toda a produção alegou que o segurança do evento foi truculento. Em sua versão, ele confirmou a discussão, mas garantiu que a arma ficou dentro do carro. O fato foi registrado no Buffet Alphaville, em Cuiabá, na noite deste sábado (10), e levou ao cancelamento do show. O prejuízo do contratante, conforme o Boletim de Ocorrências (BO), foi de aproximadamente R$ 200 mil. 

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Conforme as informações do Boletim de Ocorrências nº 2016.288602, o sargento que invadiu o buffet explicou ao oficial de área do 10º Batalhão que se desentendeu com um dos seguranças do evento, mas no primeiro momento preferiu não representar contra ele. Os militares ainda procuraram o segurança que discutiu com o PM, porém ele não foi localizado.

Após toda a confusão, o sargento C.N. foi ao 10º Batalhão, onde se apresentou ao oficial de área e o superior de dia. Lá, ele disse que, após contato com o organizador da festa, foi até o buffet para comprar ingresso para o show. Quando passava pela frente do palco, foi informado que não poderia estar ali. O sargento alega ainda que o segurança agiu de forma “enérgica e desrespeitosa”, mesmo ele informando que seria policial e que não seria necessária tal atitude.
 
Quando o segurança disse que ele seria retirado à força, a discussão ficou mais ríspida. O sargento ainda contou que foi buscar seu carro e que quando parou na entrada do buffet, o motorista do evento disse que ele havia entrado armado. Os militares chamados para atender a ocorrência fizeram a revista e não encontraram a pistola. C.N. afirmou que ela estaria dentro do seu veículo.
 
Duas horas depois, o oficial foi informado que o show seria cancelado e retornou até o local. No buffet, uma testemunha – identificada como M.C.A.L., 55 anos – disse que o sargento havia entrado no local para comprar um ingresso para assistir à apresentação da cantora Maria Rita e começou a tirar fotos da passagem de som dos músicos.
 
O documento ainda narra que foi pedido ao policial que ele parasse com os registros fotográficos, pois tal atitude era proibida. O sargento relutou e começou a discutir de forma ríspida com o segurança. Após minutos de tensão, os portões foram fechados e o militar saiu do local.
 
Tempo depois, um dos motoristas informou que o sargento havia voltado armado até o local. A viatura foi novamente acionada e presenciou as ameaças. Por motivo de segurança, o show foi cancelado pela organização.  Segundo a produção, dois mil ingressos haviam sido vendidos para a apresentação da cantora. O prejuízo estimado seria de aproximadamente R$ 200 mil, conforme o B.O.

A Agência MIC, responsável pelo evento, explicou – em uma postagem na sua página do Facebook – que o homem invadiu o local por volta das 19 horas, durante a passagem de som da banda e abordou de forma agressiva e armado toda equipe de produção. “O fato gerou insegurança à todos que, para garantir a integridade da artista e do público que viria, o show foi cancelado, já que o mesmo ameaçou que voltaria no horário do evento”, diz trecho da nota.
 
Segundo as informações repassadas pela produção da cantora, e divulgadas na página oficial, o show foi cancelado por falta de segurança e possibilidade de risco à vida dos membros da produção e da própria artista. Ela pediu desculpas aos fãs, público e colaboradores. Por fim, também explica que a política de devolução dos ingressos está sendo estudada pelo contratante do show.
 
O caso
 
O show da cantora Maria Rita, que aconteceria em Cuiabá, foi cancelado por falta de segurança. Segundo a produção da artista, uma pessoa entrou descredenciada e armada ameaçando membros da equipe durante a passagem de som na noite de sábado (10). A artista pediu desculpas aos fãs, público e colaboradores.